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Verão de Clássicos

Publicado por FJSP em Arte e Cultura 15/01/2011

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Continua em cartaz até o final de fevereiro a terceira edição da mostra VERÃO DE CLÁSSICOS, com filmes das mais diversas épocas que mantém seu apelo mesmo décadas depois de seu lançamento, oferecendo aos cinéfilos mais um mês inteiro de clássicos, cult movies e raridades absolutas do cinema mundial…

Continua em cartaz até o final de fevereiro a terceira edição da mostra VERÃO DE CLÁSSICOS, com filmes das mais diversas épocas que mantém seu apelo mesmo décadas depois de seu lançamento, oferecendo aos cinéfilos mais um mês inteiro de clássicos, cult movies e raridades absolutas do cinema mundial, exclusivamente em película. Neste segundo mês de mostra, o público poderá conferir, dentre outros, o primeiro roteiro cinematográfico escrito por Jean-Paul Sartre (Jogo feito), um dos grandes clássicos da era de ouro de Holywood (O Morro dos ventos uivantes), uma das mais divertidas comédias do mestre Blake Edwards, falecido no final do ano passado (Um Tiro no escuro) e uma raríssima exibição em 35mm do filme mais polêmico e ousado de Charles Chaplin, Monsieur Verdoux, que chegou a ser proibido em diversos países na ocasião do seu lançamento.

Também figuram na programação obras de grandes diretores como François Truffaut (Um só pecado), Francis Ford Coppola (Cotton Club), Pedro Almodóvar (De salto alto), David Mamet (Homicídio) e Agnès Varda (Sem teto nem lei). Em matéria de curiosidades, a mostra apresenta este mês, dentre outros, o desenho animado francês As Fabulosas aventuras do lendário Barão de Munchausen, uma das menos conhecidas versões cinematográficas das histórias do personagem, a inusitada releitura de Alice no País das Maravilhas conduzida pelo mestre Louis Malle em Lua negra, um clássico soviético proibido durante vinte anos pelo regime comunista (A Comissária), um divertido filme de terror japonês (A Noite do lobisomem), e uma improvável aventura de capa-e-espada italiana (D’Artagnan contra os Três Mosqueteiros). Completam a programação de fevereiro o cult movie O Intruso, de Vincent Ward, que revelou ao mundo o cinema da Nova Zelândia, e duas pérolas do cinema francês: o impactante policial A Droga, de Pierre Granier-Deferre, que conta com uma das últimas atuações do lendário Jean Gabin, e O Fabuloso destino de Desirée Clary, do também dramaturgo, roteirista e ator, Sacha Guitry – um melodrama passado na era napoleônica cujo título inspirou, ironicamente, o cineasta Jean-Pierre Jeunet a batizar seu grande sucesso O Fabuloso destino de Amélie Poulain.

A maior parte dos tíitulos que compõem a programação é proveniente do acervo de filmes estrangeiros da própria Cinemateca e de consulados e institutos culturais, como os da Fundação Japão, do Goethe Institut São Paulo e da Cinemateca da Embaixada da França, que apoiam o evento. Por essa razão, muitos dos filmes são exibidos em cópias que carregam as marcas da ação do tempo, enquanto outros não trazem legendas em português, em virtude da procedência dessas cópias de exibição. Nada disso, no entanto, diminui o encanto de fruir estas obras numa experiência, de fato, cinefílica.

Vale lembrar ainda que, este ano, todas as sessões da mostra são precedidas pela exibição de um trailer original em película, “garimpado” no acervo da Cinemateca, de algum filme clássico ou cult movie. Com isso, nas sessões de fevereiro, o público poderá relembrar outros tantos filmes ainda não disponíveis comercialmente em DVD no Brasil, como O Garoto do futuro, Gente como a gente, Piranha e O Ladrão de Bagdá. A cada sessão, uma surpresa!