DESTAQUES DA BIBLIOTECA – Edição 05/22

Nesta edição apresentamos novos materiais adquiridos pela Biblioteca da Fundação Japão em São Paulo e que já estão disponíveis para consulta.

 

LIVROS

Escultura budista clássica japonesa(日本美術仏像彫刻/Nihon bijutsu butsuzo chokoku: da introdução das imagens budistas no Japão até o século XIII.
Fernando Carlos Chamas

Editora Dialética, 2020. Em português.
ISBN 978-65-5877-752-6
[730.952 Ch]

Escultura Budista Clássica Japonesa: da introdução das imagens budistas no Japão até o século XIII – Editora Dialética (editoradialetica.com)

“O budismo, vindo da Índia, o xintoísmo, nativo do Japão, e o taoísmo da China, formaram os alicerces religiosos da sociedade japonesa. Porém, o budismo, devido a sua vasta escritura, os sutras, e vasta iconografia, védica e budista, maturada por dez séculos durante sua passagem pelo continente asiático, propagou-se pelo Japão intensa e rapidamente como um modelo civilizatório e unificador adotado pelas províncias dominantes. A imigração de budistas e a enorme produção de imagens, pinturas e esculturas, e a construção de templos budistas, por aproximadamente treze séculos, fez com que o estilo das estátuas búdicas passasse por transformações que buscavam um estilo próprio japonês, atingindo o seu auge no período Heian (794~1185). Este livro é uma apresentação dessas transformações estilísticas e segue uma metodologia que visa cercar o objeto “escultura budista japonesa” em todos os seus ângulos, a saber, abrangendo templos, técnicas, materiais, a categoria das imagens e como tudo isso se relaciona com a história do Japão, com o xintoísmo e o taoísmo. Este livro não é apenas os que buscam compreender o esforço de milhares de artistas anônimos do passado e do presente em representar artisticamente suas concepções sobre os deuses e mundos celestiais”. (da contracapa)

Sobre o autor:

Fernando Carlos Chamas é bacharel em língua, literatura e cultura japonesa pelo Departamento de Língua Orientais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Pesquisador de escultura japonesa pela Bolsa de Estudos da Província de Toyama. Mestrado em cultura japonesa e pesquisador convidado pela Universidade de Kanagawa em 2005.


 

SHIKI, inventor do haicai moderno
Andrei Cunha e Roberto Schmitt-Prym

Editora Class (Bestiário), 2021.
Em português.
ISBN 978-65-88865-12-5
[895.613 Sh]

Bestiário (bestiario.com.br)

“No Brasil, o haicai é, ao mesmo tempo, um elemento da nossa modernidade e venerado como a mais tradicional expressão da poética japonesa. Se hoje se escreve haicai nas mais diversas línguas, se o gênero sobrevive com força em inúmeras culturas, isso se deve em grande parte a o esforço de um poeta japonês: Masaoka Shiki(子規正岡) (1867-1902). O presente livro busca apresentar ao leitor brasileiro esse poeta e crítico de haicai, responsável pela reinvenção da forma poética para o século XX – período no qual o haicai deixou de ser uma prática isolada da literatura japonesa e passou a ser um artefato estético presente nas mais diferentes culturas do mundo. Ao rejeitar os fazeres tradicionais das escolas de haicai de sua época, Shiki transformou o pequeno poema de três versos, de 5-7-5 sílabas, em uma espécie de sketch pictórico da vida real, ou ainda em um registro (pretensamente “sem ornamentos”) do instante, à maneira da fotografia”. (do livro)

Sobre os autores:

Andrei Cunha é tradutor literário de japonês e professor de Língua e Literatura Japonesa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é vice-presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada. Em 2020 recebeu o Prêmio da Associação Gaúcha de Escritores e o Prêmio Açorianos de Literatura na categoria especial pelo livro Cem poemas de cem poetas.

Roberto Schmitt-Prym foi destaque no Prêmio Apesul Revelação Literária 1979 e no Prêmio Habitasul Correio do Povo Revelação Literária 1981. Com várias obras publicadas, teve um livro publicado sobre elas por Eduardo Jablonski, O belo na obra de Roberto Schmitt-Prym (2020). Como fotógrafo realizou exposições no Brasil e no exterior, sendo premiado em diversos países. Entre outras atuações, destacam-se os cargos de diretor da Bienal do Mercosul e diretor do Museu Julio de Castilhos.


 

O limão(檸檬/Remon
Motojiro Kajii(梶井基次郎); traduzido por Karen Kazue Kawana

Editora Class (Bestiário), 2021.
Em português.
ISBN 978-65-88865-17-0
[895.63 Ka]

Bestiário (bestiario.com.br)

Motojiro Kajii morreu aos trinta anos vitimado pela tuberculose que contraiu aos dezenove anos. A doença é presença constante em seus textos, assim como a consciência da morte. Sua escrita, original e poética, revela uma sensibilidade e capacidade de observação extraordinárias. Os contos reunidos aqui descrevem as angústias, as alegrias e as pequenas descobertas cotidianas do autor. Neles, Kajii narra sonhos e devaneios de sua imaginação. Acontecimentos e cenas banais adquirem profundidade e se transformam em reflexos de sua “paisagem interior”. A coletânea O Limão (Remon), publicada em 1931, e o conto “Um Paciente Despreocupado”, publicado pouco antes de sua morte no ano seguinte, constituem praticamente toda a sua produção literária.

Sobre o autor:

Motojiro Kajii (1901-1931) nasceu me Osaka, frequentou uma escola técnica em Quioto com a intenção de estudar engenharia, mas seu interesse pela literatura o levou a ingressar no departamento de literatura inglesa da atual Universidade de Tóquio em 1924. No ano seguinte, criou a revista literária Aozora (Céu Azul) na qual boa parte de seus contos foi publicada. Apesar da breve carreira, seus textos chamaram a atenção de autores renomados como Yasunari Kawabata e de críticos como Hideo Kobayashi. Viveu seus últimos anos sob os cuidados da família em Osaka.


 

The undiscovered country: text, translation, and modernity in the work of Yanagita Kunio
Melek Ortabasi

Harvard University Asia Center, 2014.
Em inglês.
ISBN 978-0-674-49200-4
[306.684209 Ya]

The Undiscovered Country — Melek Ortabasi | Harvard University Press

Kunio Yanagita(柳田國男) foi um intelectual que desempenhou um papel fundamental na formação da identidade cultural do Japão moderno. Um estudioso autodidata popular e burocrata de elite, promoveu estudos folclóricos no Japão. Esta obra é o segundo livro em língua inglesa que examina Yanagita e é o primeiro cuja análise vai além de um relato biográfico de seu trabalho pioneiro nos estudos folclóricos. Através de uma leitura atenta dos textos interdisciplinares de Yanagita, que comentam uma ampla gama de questões culturais que caracterizaram o Japão na primeira metade do século 20, Melek Ortabasi procura reavaliar o significado histórico de sua obra. A investigação da autora expõe simultaneamente, discursivamente, algumas das suposições fundamentais que abraçamos sobre modernidade e identidade nacional no Japão e em outros lugares.

Sobre a autora:

Melek Ortabasi é Associate Professor na Universidade Simon Fraser, em Vancouver no Canadá. Foi escolhida pela Fundação Japão para ir ao Japão, de setembro de 2021 a julho de 2022, como Fellowship para conduzir uma pesquisa para seu livro que tem como título provisório “A World of Friends: The Transnational Story of Modern Japanese Children’s Literature, 1810-1930”, na Universidade de Kanagawa.


 

Abandonar um gato: o que falo quando falo do meu pai (Neko wo suteru: chichioya ni tsuite kataru toki)
Haruki Murakami(村上春樹); traduzido por Rita Kohl; ilustrado por Adriana Komura.

Editora Alfaguara, 2022.
Em português.
ISBN 978-85-5652-140-8
[895.64352 Mu]

Abandonar um gato – Haruki Murakami – Grupo Companhia das Letras

“Ao lembrar cenas corriqueiras de sua infância e juventude, Haruki Murakami, um dos mais conhecidos autores japoneses contemporâneos, traz à tona traumas particulares e de guerra. Esmiuçando sua relação com o pai, com quem passou anos sem contato, o autor fala também sobre a história de um país.

Honesto e brutal, Abandonar um gato é um relato ímpar não apenas sobre a formação de um escritor, mas também de relações familiares complexas e dolorosas”. (da contracapa do livro).

Sobre o autor:

Haruki Murakami nasceu em Quioto, no Japão, em janeiro de 1949. É considerado um dos autores mais importantes da literatura contemporânea japonesa. Sua obra foi traduzida para mais de quarenta idiomas e recebeu importantes prêmios literários.


 

Japão em movimento: cultura, espaço e outras territorialidades
Organizado por Marco Souza e Cecília Noriko Ito Saito.

Editora Intermeios, 2019.
Em português.
ISBN 978-65-86255-02-7
[301.0952 Ja]

Japão em movimento – cultura, espaço e outras territorialidades (intermeioscultural.com.br)

“A territorialidade é um comportamento humano espacial, uma expressão de “poder” que se constitui em uma estratégia humana para afetar, influenciar e controlar o uso social do espaço abarcando escalas que vão do nível individual ao quadro internacional… Além de espaço material apropriado e delimitado, a territorialidade é vista como a espacialização de relações culturais. Na cultura japonesa não se limita ao espaço geográfico do Japão, pelo contrário, se estende mundialmente e invade vários interesses e entendimentos”.

A proposta desse livro é “examinar diferentes possibilidades de espaços elaborados pela cultura, apresentando uma coletânea de textos de autores de diferentes nacionalidades, que, por serem de países diversos e analisarem a cultura japonesa, também subvertem essa noção de territorialidade fixa. Dividido em três partes, o livro procura oferecer um panorama que percorre desde os espaços físicos de: país, cidade, urbanismo (territorialidades espaciais) a espaços vivenciados, pessoalmente (territorialidades performáticas), até a espaços que são esteticamente vivenciados (territorialidades visuais), cuja intenção é mostrar a riqueza e a complexidade da cultura japonesa, através de pontos de vista e assuntos que existem por meio de múltiplas territorialidades”. (da contracapa do livro)