DESTAQUES DA BIBLIOTECA – edição 6/2022

Nesta edição apresentamos novos materiais adquiridos pela Biblioteca da Fundação Japão em São Paulo e que já estão disponíveis para consulta.

 

LIVROS

Antes que o café esfrie (コーヒが冷めないうちに/ Kohi ga samenai uchi ni)

Toshikazu Kawaguchi (川口俊和); tradução do inglês de Priscila Catão.

Editora Valentina, 2022. Em português.
ISBN 978-65-88490-36-5 [895.63 Ka]
https://editoravalentina.com.br/livro/524/antes-que-o-cafe-esfrie
O romance do autor japonês Toshikazu Kawaguchi ultrapassou a marca de 1 milhão de exemplares vendidos no Japão e alcançou a marca dos mais vendidos em vários países do mundo.
O romance fala sobre uma cafeteria muito peculiar. Ela fica no subsolo em uma ruazinha estreita e silenciosa de Tóquio. Há mais de 100 anos, serve um café cuidadosamente preparado e devido a uma lenda urbana, o local recebe diversos frequentadores que esperam viver uma experiência única: fazer uma viagem no tempo. Mas, para isso é necessário seguir algumas regras: devem se sentar em uma cadeira específica, só é possível reencontrar pessoas que já frequentaram o local, e devem voltar antes que o café esfrie. E o fato mais importante, não é possível alterar o presente. Mesmo assim, quatro personagens aproveitam a oportunidade para tentar resolver dramas do passado. A Biblioteca possui três livros da série na versão original japonesa: 「コーヒーが冷めないうちに」 (Kohi ga samenai uchi ni) 「この嘘がばれないうちに」 (kono uso ga barenai uchi ni) 「思い出が消えないうちに」 (Omoide ga kienai uchi ni).

Sobre o autor:

Toshikazu Kawaguchi nasceu em Osaka, no Japão, em 1971. Foi produtor, diretor e dramaturgo do grupo teatral Sonic Snail. Como dramaturgo, seus trabalhos incluem COUPLE, Sunset Song e Family Time. “Antes que o café esfrie” é a adaptação de uma peça da 1110 Productions, escrita por ele, que ganhou o grande prêmio do 10º Festival de Teatro de Suginami.


 

A polícia da memória (密やかな結晶/Hisoyaka na kessho)
Yoko Ogawa (大川洋子); tradução do japonês por Andrei Cunha.

Estação Liberdade, 2021. Em português.
ISBN 978-65-86068-14-6 [895.63 Og]
Polícia da memória, A (estacaoliberdade.com.br)
Uma ilha é marcada pelo desaparecimento de pessoas, objetos, lugares e lembranças. A “polícia secreta” faz ronda, caçando e eliminando vestígios de recordações apagadas. Uma escritora questiona essa situação e a resignação dos moradores, embora ela própria não tenha força o suficiente para mudar essa condição. “Paralelamente, Ogawa convida o leitor a manter na superfície o que não pode cair no esquecimento, numa narrativa ao mesmo tempo insólita e sensível e uma trama que conta com poucos personagens, como se muitas histórias já tivessem se perdido no eco de lembranças passadas”. Lançado em 1994, impressiona as semelhanças com fatos ocorridos recentemente e com a situação do mundo atual. O romance foi finalista do International Booker Prize 2020 e do National Book Awards 2019 na categoria Literatura Traduzida.

Sobre os autores:

Yoko Ogawa nasceu na cidade de Okayama, Japão, em 1962. Graduou-se na Universidade de Waseda, estudou escrita criativa e publicou diversos livros, entre ficção e não ficção, das quais foram agraciadas com os mais prestigiosos prêmios literários japoneses e internacionais.
Para conhecer mais da autora acesse nosso “Dossiê Literário: Yoko Ogawa”:

Dossiê Yōko Ogawa | Fundação Japão em São Paulo (fjsp.org.br)


 

Art and engagement in early postwar Japan
Justin Jesty

Cornell University Press, 2018. Em inglês.
ISBN 978-1-5017-1504-4 [701.03 Je]
Art and Engagement in Early Postwar Japan by Justin Jesty | Hardcover | Cornell University Press
O livro reformula a história da arte e suas políticas no Japão do pós-guerra, concentrando-se em um grupo de realistas sociais de esquerda radical que esperava casar sua arte com o ativismo antiguerra e anticapitalista. O autor examina escritos e obras de arte, juntamente com os movimentos sociais dos quais faziam parte, para demonstrar como a arte ou a expressão criativa tornou-se um meio de coletividade e de engajamento social.

Sobre o autor:

Justin Jesty é associate professor no Departamento de Línguas e Literatura Asiáticas da Universidade de Washington. Autor de artigos em japonês para o Nishi Nihon Shimbun e Gendai Shiso, e artigos em inglês em Japan Forum e Art in America.


 

A transnational critique of Japaneseness: cultural nationalism, racism, and multiculturalism in Japan

Yuko Kawai

Lexington Books, 2020. Em inglês.
ISBN 978-1-4985-9900-9 [305.800952 Ka]
A Transnational Critique of Japaneseness: Cultural Nationalism, Racism, and Multiculturalism in Japan – 9781498599023 (rowman.com)
O livro parte de uma concepção comum do Japão como uma nação etnicamente homogênea e investiga a construção da “japonicidade” sob uma perspectiva transnacional, examinando modos para fazer uma nação japonesa mais inclusiva. A autora analisa uma variedade de práticas comunicacionais durante os vinte anos iniciais do século 21 enquanto situa a “japonicidade” em sua mais longa transformação histórica do final do século 19. E foca, ainda, nas ideias governamentais e populares sob a luz de contextos locais, globais, históricos e contemporâneos.

Sobre a autora:

Yuko Kawai é professora no College of Intercultural Communication na Rikkyo University.


 

Antologia Literária 2021

Organizado por André Kondo.

Organizado por André Kondo.
Associação Cultural e Literária Nikkei Bungaku do Brasil; Selo Editorial, 2021.
Em português.
ISBN 978-65-993103-8-6 [869.8992 Na]
Livros – Selo Editorial
A Antologia é fruto de um projeto cuja ideia é criar um espaço exclusivo para a publicação de trabalhos dos associados da Nikkei Bungaku, abrindo um novo caminho para dar visibilidade a escritores que produzem poemas, haicais, contos e crônicas. É uma publicação anual que acompanha a edição de novembro da revista Brasil Nikkei Bungaku.

 


 

Contos do sol poente
André Kondo; ilustrado por Alessandro Fonseca

Telucazu Edições, 2021. Em português.
ISBN 978-65-8692832-7 [869.39282 Ko]
Livros – Telucazu Edições
Após “Contos do Sol Nascente” e “Contos do Sol Renascente”, chega a vez de “Contos do Sol Poente”. A obra traz a força dos imigrantes japoneses, seus sonhos, a determinação, os valores e todos os componentes que perfazem a jornada de um povo em busca de uma vida melhor. Recebeu o Prêmio Humberto de Campos, concedido pela UBE no Rio de Janeiro, como melhor original inédito de contos.

Sobre os autores:

André Kondo, filho de imigrantes japoneses, nasceu em Santo André e foi criado em Taubaté/SP. Autor de 13 obras, recebeu mais de 400 prêmios literários. Membro da Comissão de Atividades Literárias do Bunkyo, fazendo parte da diretoria da Associação Cultural e Literária Nikkei Bungaku.
Alessandro Fonseca, descendente de imigrantes italianos, sírio-libaneses e alemães, nasceu em Taubaté/SP em 1976. Ilustrou vários livros premiados. Sua arte sempre está envolvida com a cultura japonesa e nipo-brasileira em várias áreas.

 

O livro dos insetos (人間昆虫記/ Ningen konchuki)

Osamu Tezuka (手塚治虫); tradução de Luiz Claudio Bodanese

DarkSide Books, 2022. Em português.
ISBN 978-65-5598-187-2 [J726.1 Te]
https://www.darksidebooks.com.br/o-livro-dos-insetos-humanos–brinde-exclusivo/p
“Esta fábula publicada originalmente no começo dos anos 1970 sobre insegurança, ganância e o vazio moral em um mundo cão é interessante em muitos aspectos, principalmente quando pensamos na sociedade japonesa contemporânea, que não havia recuperado a estabilidade espiritual após a convulsão cataclísmica da guerra e da ocupação. A paixão por insetos, que Tezuka nutriu ao longo de sua vida, e o seu dom de absorver e usar qualquer nova técnica criativa que despertasse sua imaginação, manifestam-se em seu olhar crítico, na visão sombria de uma mulher livre das amarras da feminilidade e capaz de se reinventar como aquela que conforta ou que devora, sendo uma agente totalmente livre” (Helen McCarthy, autora de “The Art of Osamu Tezuka: God of Manga”)

Sobre os autores:

Osamu Tezuka nasceu em 1928 em Osaka. Cresceu em um ambiente familiar com bastante estímulo criativo, tendo contato desde cedo com o teatro Takarazuka, mangá e desenhos animados. Com seu pioneirismo nas formas de expressão por meio do desenho, Tezuka revolucionou o mangá no pós-guerra e sua influência pode ser notada não só no universo dos quadrinhos, mas também em outras áreas, como literatura e cinema. Recebeu vários prêmios e reconhecimento internacional. Veio a falecer em 1989, aos 60 anos de idade.