1. Eiji Yoshikawa – Destaques

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ESTADO DA ARTE: SAMURAIS

Para saber mais sobre a contextualização histórica da época e degustar ainda mais o livro MUSASHI.

 

“Se a história é contada pelos vencedores, a do Japão é quase um conto de samurais sobre samurais para samurais. Do início do segundo milênio, quando os shoguns assumiram o poder da corte imperial, até a sua dissolução no século XIX, a elite marcial repeliu os mongóis, invadiu a Coreia e a China e dilacerou o país em guerras civis. Absorvendo Buda e Confúcio dos chineses, eles forjaram uma filosofia de vida, o Caminho do Guerreiro (Bushidô). Com coragem, honra e lealdade, o samurai devia viver pela espada e morrer pela espada — não raro pela sua. Idealmente todo nobre era guerreiro e todo guerreiro era nobre. Na prática, nem todo samurai era virtuoso, nem todo guerreiro era samurai e nem todo samurai era guerreiro. Pelo Bushidô, os samurais deveriam dominar a espada e o pincel. Mas após o clã Tokugawa unificar, pacificar e isolar o Japão, a maioria jamais viu uma espada encharcada de sangue – muito menos a sua. Seus arsenais e artes marciais tornaram-se ornamentais. Alguns viveram da pena. Muitos foram mecenas. Os samurais influenciaram tradições como as pinturas monocrômicas, os jardins de pedra ou a cerimônia do chá, e são os heróis das epopeias, dramas e foclore do Japão.”

 

LEIA! DISSERTAÇÃO

Musashi: da história para a literatura

Alexandre Marcelo Taddei Ramos, 02/02/2022.
Repositório Institucional UNESP.

 

 

“Miyamoto Musashi se tornou uma figura de grande expressão da história japonesa, contribuindo com obras literárias, esculturas, projetos arquitetônicos, além de ser um dos maiores nomes japoneses da pintura em nanquim. Sua imagem foi explorada nas mais variadas mídias, que tendem a orbitar uma obra em especial: Musashi (1935-1939), romance escrito por Eiji Yoshikawa (1892-1962). O romance teve grande reflexo no processo de construção da identidade do Japão nos pós Primeira Guerra, bem como na maneira como o ocidente viria a idealizar aquela cultura. Em nosso trabalho, objetivamos demonstrar que a narrativa apresenta um hibridismo de gêneros, ao explorar elementos formais e estéticos próprios do modelo do romance histórico clássico e do romance de folhetim. Predomina, no entanto, o retorno aos elementos realistas da narrativa histórica do século XIX. Outrossim, analisamos a construção do protagonista do romance, demonstrando que Musashi se apresenta como um personagem híbrido, que reúne características do protagonista típico scottiano, do herói popular folhetinesco, assim como atributos que o aproximam dos heróis míticos.”

 

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Biblioteca Digital, de acesso livre, criada em 1997, que reúne mais de 15 mil obras de ficção e não–ficção em língua japonesa em domínio público ou de acesso liberado pelos autores. Um ótimo espaço para entrar em contato com inúmeros textos em japonês.

 

 

Explore as mais de 130 obras de Eiji Yoshikawa em língua japonesa gratuitamente, dentre as quais os 8 volumes de Miyamoto Musashi. Aguarde ainda os mais de 50 títulos que ainda serão liberados.

 

 


 

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