4a Edição do Projeto Formação de Novos Facilitadores para o intercâmbio Japão-Brasil – Workshop de Lanternas de Bambu 2023
Foto: Laura Camargo
A Fundação Japão em São Paulo realizou nos dias 11 e 12 de fevereiro, o 4º Projeto de Formação de Novos Facilitadores para o intercâmbio Japão-Brasil – Bambu: a revitalização de uma comunidade –, no Laboratório Didático de Materiais e Protótipos da UNESP em Bauru. Contaram com 16 pessoas participantes presentes no evento.
O projeto tem como objetivo a capacitação de facilitadores que possam se tornar pontes de intercâmbio cultural e intelectual entre o Brasil e o Japão, abordando temas e questões comuns aos dois países, por meio de discussões entre jovens. Participaram jovens membros de importantes associações nikkeis em São Paulo, como a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo) e a Federação das Associações de Províncias Japonesas no Brasil (Kenren), além de jovens membros da Tenrikyo em Bauru e de outros jovens envolvidos em atividades de revitalização da comunidade local.
Na cerimônia de abertura, uma mensagem em vídeo do diretor da Fundação Japão, Masaru Susaki, reiterou os objetivos do projeto, que consistem em realizar a troca de informações e discussões entre jovens do Brasil e do Japão sobre temas contemporâneos comuns a ambos os países, visando a solução de problemas e o fortalecimento das conexões entre os participantes. O diretor Susaki também destacou que, embora esta seja edição, espera que os facilitadores reflitam novamente sobre as atividades reproduzindo o primeiro workshop realizado, e que os novos participantes também possam contribuir com novas ideias e discussões. Por fim, ele expressou sua profunda gratidão aos facilitadores que trabalharam até o momento e aos vários especialistas e membros da comunidade que apoiaram o projeto.
Após a fala do diretor Susaki, os organizadores do projeto explicaram os detalhes do programa e realizaram uma retrospectiva das atividades já realizadas. Em seguida, os participantes receberam explicações dos facilitadores João Victor Gomes dos Santos, Designer e Doutorando em Ergonomia PPGD, Amy Maitland, designer, e Laura Camargo Ribeiro da Silva, designer e fotógrafa, sobre as ferramentas necessárias para trabalhar com bambu, como brocas e lixas, e começaram a trabalhar em pares. Conforme os participantes foram se familiarizando com o processo de trabalho, começaram a trabalhar individualmente.
Foto: Laura Camargo
No segundo dia do workshop, foram produzidas 18 luminárias de bambu para exposição e outras para os participantes levarem para casa. Como o tempo foi insuficiente para aplicar o verniz durante o workshop, os participantes tiveram que aplicá-lo em casa posteriormente.
Foto: Laura Camargo
Os participantes também visitaram um bambuzal na UNESP e receberam explicações dos facilitadores sobre os tipos de bambu, o processo de corte, secagem e preparação do bambu após o corte. Eles também assistiram à apresentação de construções feitas com bambu por um estudante de pós-graduação da UNESP, aprendendo sobre as possibilidades do uso do bambu.
Foto: Laura Camargo
As luminárias de bambu criadas pelos participantes foram exibidas no espaço de exposições na UNESP e a cerimônia de encerramento foi realizada. Ronni, o assessor cultural, relembrou as atividades realizadas e disse: “Desta vez, conseguimos colocar em prática o que aprendemos até agora. Houve problemas inesperados, mas acho que conseguimos alcançar resultados muito práticos que podem ser aplicados em diferentes situações”.
A facilitadora Amy disse: “Aprendi muito nos últimos quatro anos. Gostaria de continuar conhecendo novas pessoas e difundindo o potencial do bambu. Ficaria feliz se os participantes pudessem também difundir o uso do bambu no Brasil por meio de festivais e eventos”.
João Victor disse aos participantes: “O bambu é relativamente fácil de manusear e muito adequado para artesanato. Pode ser usado não apenas para exposições, mas também para vendas. Mesmo depois que o apoio da Fundação Japão acabe, pretendemos continuar nossas atividades no futuro”.
Laura expressou gratidão à Fundação Japão e mostrou entusiasmo: “Nós facilitadores continuaremos trabalhando com os jovens e promovendo este projeto.” Da mesma forma, Leonardo Inomata, um facilitador e advogado, disse: “Tais projetos levam a conhecer várias pessoas e criar várias possibilidades. Acredito que podemos fazer coisas ainda maiores no futuro”. Ele falou com entusiasmo que gostaria de encher a Avenida Paulista, com as luminárias de bambu.
Foto: Laura Camargo
Aline Ayumi Anzai (21 anos), do departamento dos jovens de Kenren, que participou de São Paulo, disse sobre a oficina: “Embora tenha sido apenas dois dias, a programação foi muito satisfatória e foi ótimo ter a oportunidade de trabalhar com novos materiais. Quero aprender mais sobre bambu”, e estava pensando como usar as luminárias de bambu que aprendeu no maior evento cultural japonês fora do Japão, o Festival Japão da Kenren.
Graziella Tamanaha, chefe do departamento de jovens do Bunkyo que também participou de São Paulo, disse: “Não imaginava que o bambu tinha tanto potencial. Também aprendi muito do progresso interativo deste projeto. Quero pensar no que posso fazer usando o que aprendi aqui no futuro”.
Hugo Takumi Okura (18 anos) de Tenrikyo em Bauru disse: “Foi ótimo ter um equipamento tão completo. Conseguimos aprender sobre a criação de luzes de bambu dentro do prazo, mas ficaria feliz em aprender sobre os preparativos antes dos manuseios do bambu”.
Josué Kenji Koci (30 anos), que trabalha na revitalização regional em Bauru, disse: “Consegui aprender muito nesses dois dias. Consegui usar minha imaginação bastante e adoraria incorporar luminárias de bambu em um evento noturno no parque da cidade”, e expressou gratidão aos facilitadores que lideraram o projeto.
Foto: Laura Camargo
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Por fim, gostaria de agradecer aos Novos Facilitadores e a todos que apoiaram esse projeto. Acredito que esses quatro anos de projetos foram bastante desafiadores e de grande aprendizado para mim e a equipe. Com essa edição encerramos um ciclo, mas espero que um dia possamos retomar e nos reunirmos novamente. Muito obrigado a todos, e mais uma vez, agradeço pela oportunidade de ter realizado esse projeto.
Ronni Massashi Guiotoko
Assessor Cultural da Fundação Japão em São Paulo