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Uma síntese sobre o expansionismo geopolítico japonês e sua relação com o “triângulo do petróleo”

O artigo não pode ser utilizado total ou parcialmente sem o expresso consentimento do autor. A FJSP não detém os direitos sobre a obra, que pode ser protegida por direitos autorais.

 

Floriano Filho – Jornalista formado pela Universidade de Brasília e doutorando no Programa de Pós- Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional, também da UnB, com foco no tema “empréstimos japoneses para a China, paradoxo geopolítico ou escolha racional”? Realizou estágios do doutorado nas Universidades de Tóquio – Instituto de Ciência Social, com bolsa da Fundação Japão, e Johns Hopkins – School of Advanced International Studies. Concluiu mestrados em Telejornalismo, com bolsa da CAPES (Columbia University, Nova Iorque, 1991), e em Políticas de Comunicação, com bolsa Chevening (The University of Westminster, Londres, 2001). Foi pesquisador (fellow) no Congresso dos Estados Unidos (Fulbright-American Political Science Association) e na Universidade de Oxford (Reuters Foundation-Reuters Institute for the study of Journalism). Foi ainda pesquisador-estudante nas universidades de Tsukuba e Hitotsubashi (1991-93) com bolsa Monbukagakusho.

 

RESUMO:

O estratégico acesso ao suprimento de petróleo foi determinante para o ataque japonês a Pearl Harbor em 1941. Por outro lado, sua escassez foi decisiva para o desfecho da Segunda Guerra Mundial. Entretanto, muito antes daqueles episódios paradigmáticos, o Japão, especialmente quando acelerava freneticamente seu processo modernizador e industrializante, concluiu que era fundamental ter acesso a recursos naturais que permitissem o seu desenvolvimento autônomo. Como resultado foram travadas seguidas guerras que garantiram a soberania dos japoneses frente às potências imperialistas Ocidentais do século XIX, em meio ao chamado “triângulo do ópio”, que trouxe guerras e grandes prejuízos financeiros à China. Apesar de ser um país insular com parcos recursos naturais, o Japão foi capaz de abandonar um isolamento de mais de duzentos anos naquele século e de estruturar um amplo sistema informacional, de infraestrutura logística e de transações financeiras e comerciais de alcance global. Para compensar seus déficits comerciais bilionários com a importação de petróleo, o país desenvolveu uma indústria exportadora de alto valor agregado dando origem ao que Sugihara denominou de “triângulo do petróleo”.

 

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