Shen Kyomei Ribeiro (Shakuhachi/Flauta)

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Nosso décimo e último concerto da série Música no Castelo será dedicado ao “shakuhachi”, flauta tradicional japonesa de bambu, e à flauta transversal, interpretadas pelo professor Shen Kyomei Ribeiro.

 

 

A flauta é um dos instrumentos mais antigos que temos notícia, as primeiras flautas assemelhavam-se a apitos, pois só tinham um orifício e eram feitas de ossos.

Nas pinturas das cavernas é possível se observar desenhos de flautas e apitos, o que comprova a presença deste instrumento desde 60.000 A.C. O mais antigo instrumento já encontrado é uma espécie de flauta, feita através de um fragmento do fêmur de um jovem urso das cavernas, com dois a quatro furos, encontrado em Divje Babe na Eslovênia e teria cerca de 43 mil anos.

Em 2008, outra flauta fabricada há pelo menos 35 mil anos foi descoberta na caverna Hohle Fels perto de Ulm na Alemanha. A flauta de cinco furos tem um bocal em forma de V e é feita a partir de um osso de asa de abutre. A descoberta é também a mais antiga já confirmada referente a qualquer instrumento musical na história.

As flautas encontradas  na caverna Hohle Fels, sugeriram que as “descobertas demonstram a presença de uma tradição musical bem estabelecida na época em que os seres humanos modernos colonizaram a Europa”. Os cientistas também sugeriram que a descoberta da flauta pode ajudar a explicar o comportamento provável e o abismo cognitivo entre o homem de neandertal e os primeiros homens modernos.

Como todo instrumento musical primitivo, a flauta teve um papel mágico, ela era usada para acompanhar os rituais religiosos. Na cultura védica, Krishna (Deus) é descrito como um virtuoso flautista. Algumas culturas proibiram o uso das flautas pelas crianças e as mulheres sob pena de morte. Ainda hoje temos exemplo disso, no Parque Nacional do Xingu no Brasil.

A flauta é um instrumento musical de sopro, feito de diversos tipos de madeiras e bambus, com formato de um tubo oco com orifícios. É um aerofone que, a partir do fluxo de ar dirigido a uma aresta que vibra com a passagem do ar, emite som. Bastante antigo, a execução de tal instrumento consiste no ato de soprar o interior do tubo ao mesmo tempo em que se tapam ou destapam os orifícios com os dedos, a pessoa que toca flauta é chamada de flautista.

O alemão Theobald Boehm, em 1832, inventou o sistema moderno da flauta transversal, com a introdução de chaves no instrumento (que também é usada em vários instrumentos de sopro, como o saxofone, clarinete, oboé  por exemplo).

Neste concerto temos duas flautas que usam este sistema: a flauta em dó e a flauta em sol.

A flauta é o mais versátil dos instrumentos de sopro. Da música tradicional, medieval ao jazz, passando pelas melodias folclóricas de vários países, no Brasil, em ritmos como o baião, o choro, o samba, a bossa nova, entre outros. Sempre foi muito utilizada no Rock progressivo junto com os tradicionais instrumentos, baixo, guitarra, bateria e teclado, mostrando toda a sua capacidade de conversar com os diferentes gêneros musicais.

Existem muitos tipos de flautas em diferentes países e regiões, como:

 

 

Flauta transversal
Executada em posição horizontal, com sopro lateral; pode ser de madeira ou de metal. Muito usadas em orquestras sinfônicas.

Flauta vertical
É soprada pela extremidade superior.

Flautim
Também conhecida como piccolo (“pequeno” em italiano). Como o próprio nome sugere, é uma pequena flauta, afinada uma oitava acima da flauta normal em dó.

Flauta basca
Também conhecida como flauta provençal, é flauta vertical com três orifícios.

Flauta de pan
Originária da mitologia grega. Antigo instrumento de sopro, formado por uma série de tubos de comprimento decrescente. Conforme o local onde são construídas, a flautas podem ter características e nomes diversos, como siringe, na Grécia antiga, nai da Romênia, siku ou antara nos Andes.

Ocarina
É um dos instrumentos musicais mais antigos do mundo. Feita de porcelana, terracota ou pedra. Possui normalmente a forma oval, porém há algumas variações nesse desenho.

Xun
Flauta globular chinesa feita de barro ou cerâmica, semelhante a uma ocarina mas sem o apito.

Gaita colombiana
Derivada de um instrumento indígena local, não possui nenhum parentesco com gaitas irlandesas ou galegas, compartilhando apenas o nome.

Ney
Da Pérsia e Egito. Talvez a mais antiga das flautas que ainda possui executantes.

Quena
Possui seis furos por onde são obtidas as digitações para as notas(cultura inca do Peru).

Tin whistle
Também conhecida como Pennywhistle, muito utilizada na música celta, medieval e escocesa. De origem na Irlanda.

Shakuhachi
Flauta tradicional japonesa feita de bambu.

Pifano
Conhecido também como pife ou pífaro, utilizados frequentemente em bandas militares.

Suling
Flauta de bambu de origem no Sudeste Asiático.

Venu
Flauta transversal de bambu comum no sul da Índia.

Bansuri
Flauta tranversal feita de um único eixo de bambu com seis ou sete furos, originária da Índia.

Cangoeira
Flauta indígena (brasileira) feita de ossos de guerreiros mortos.

Diaulo
Flauta dupla, usada entre os gregos.

Flauta Mizmar
Som agudo que se assemelha a um “mosquito”. Muito usada na música folclórica árabe.

 

O shakuhachi

Esse instrumento rústico com cinco orifícios foi introduzido do Japão com a música da corte que chamamos de “Gagaku”.

O Gagaku é um tipo de música clássica japonesa e também termo usado para o orquestra da corte formada por sopros, cordas e percussão que foi apresentada na Corte Imperial em Quioto por vários séculos, a música do Gagaku consiste de três repertórios primários: canções e danças religiosas e folclóricas, nativa e xintoísta.

O Gagaku que entrou no Japão, chegou via China, no mesmo período em que novas técnicas de cultivo de arroz e o budismo também fizeram parte desse pacote cultural chinês que iria mudar a sociedade japonesa.

 

 

O shakuhachi era um dos instrumentos de sopro desse conjunto musical, o tamanho mais  comum seria de 1.8 shaku ou seja 1 shaku = 30 centímetros, o tipo de bambu usado é o “madake” uma qualidade de bambu muito rígida com paredes grossas o que dá ao instrumento qualidade e profundidade no som, a escala natural é uma pentatônica de ré ou seja temos ré/fá/sol/lá/dó, mas é possível tocar, outras escalas com mudança no ângulo da embocadura e diferentes posições de dedos.

Existem também outros tipos de shakuhachi com comprimentos diferentes produzindo a mesma escala pentatônica em diferentes alturas das notas.

Além das músicas de corte que não eram tocadas em público, existem composições para o shakuhachi datadas da era Nara século VII. O shakuhachi era tocado como parte das cerimônias e práticas do Zen Budismo, mais especificamente na facção Fuke japonesa. Era o instrumento preferido dos sacerdotes peregrinos que chamamos de “komuso”, que usavam um grande chapéu em forma de cesto, uma das traduções para estes tocadores seria ”sacerdotes do vazio”, ou seja não mostrar o rosto e a total ausência de ego.

 

Arquivo pessoal

 

No início do período Edo século XVII surge a escola Kinko, que sem perder os aspectos religiosos, passou a utilizar o instrumento puramente para a música.

O Monge-samurai Kinko Kurosawa é o fundador dessa escola, ele percorreu o Japão visitando e coletando cantos nos diferentes templos zen budistas e partir desses registros tivemos as primeiras anotações que se transformaram em partituras, criando o “honkyoku” a música original para shakuhachi ao todos são 36 músicas ou cantos solos.

 

Shen Kyomei Ribeiro

Natural de Botucatu, São Paulo, Brasil, cedo começou a sua aprendizagem musical através do canto comunitário. Aos 15 anos iniciou o estudo de flauta doce (recorder), piano e canto coral no Conservatório de Música do Instituto Santa Marcelina, em sua terra natal.

Durante o período de estudo colegial, especializou-se em desenho arquitetônico, vindo em seguida ingressar na faculdade de arquitetura onde teve a oportunidade de relacionar-se diretamente com a arte em seus vários aspectos. E fortemente influenciado pelo estudo da forma e da pesquisa e reflexão a respeito de sons musicais dentro de espaços que não eram construídos para a finalidade de salas de concertos, reflexões estas que o levaram a desistir da carreira de arquiteto e iniciar um novo rumo de vida no universo musical.

 

 

1982 – Ingressou no Coral da Universidade de São Paulo onde estudou técnica vocal e regência. Iniciou o curso de flauta transversal no Conservatório de música Brooklin Paulista, São Paulo.

1983 – Participou nos Festivais de Música de Campos do Jordão (SP) e Mendoza (Argentina).

1985–1987 – Integrou como flautista as Orquestras Jovens do Município de São Paulo e do Estado de São Paulo sendo presidente dos comitês das orquestras, e durante este período de trabalho orquestral e de pesquisa de sonoridade da flauta transversal e flautas tradicionais de vários países, teve a oportunidade de ouvir uma gravação de flauta japonesa tradicional o “Shakuhachi”, uma flauta feita de bambu com cinco orifícios com uma sonoridade muito especial, a beleza e profundidade do som desse instrumento determina novos rumos em sua carreira.

1987 – Setembro – Partiu para o Japão, cidade de Tóquio para especializar-se no estudo do Shakuhachi e cultura tradicional japonesa.

1988 – Ingressou na Universidade de Belas Artes de Tóquio e foi um discípulo direto do Professor e Mestre Goro Yamaguchi (Tesouro Nacional Japonês).

1989 – Participou do I Seminário Internacional de Flauta com Jamens Galway – Suíça.

1991 – Frequentou Máster Classes de Auréle Nicolet.

1992 – Gravou seu primeiro CD “Pixinguinha Simplesmente”, uma homenagem ao grande flautista e compositor brasileiro “Pixinguinha”, do estilo musical “Choro”.

1994 – Gravou seu segundo CD “A Capella”, uma gravação de flauta solo em uma igreja católica da cidade de Fujisawa – Japão.

1996 – Gravou pela Edição Paulistanas do Brasil seu terceiro CD “Singing on the Flute”, com participação de vários artistas brasileiros e Orquestra de Solistas de São Paulo.

1997 – Gravou seu quarto CD “Brasilian Music for the Shakuhachi”, um projeto único utilizando a flauta tradicional japonesa junto com a rica e universal música popular brasileira, com músicas de compositor Tom Jobim e composições originais.
1997-1998 – Fez uma peregrinação musical pelas igrejas de Portugal e Espanha num trabalho em que a música ocidental e oriental une-se e são harmonizadas pelo espaço das igrejas pertencentes as milenares rota os Caminhos de Santiago, desta viagem nasceu o quinto Livro/CD intitulado, “Peregrinatio”.

1998 – Foi convidado para tocar para a Imperatriz do Japão em um recital na casa do Embaixador da Argentina em Tóquio.

1999 – Foi convidado para tocar Shakuhachi para o Imperador do Japão em sua residência no Palácio Imperial de Tóquio.
1999 – Edição de sexto CD “A Capella II”, gravação de flauta transversal e Shakuhachi solo feita na Abadia de Santo Domingos de Silos-Espanha.

2000 – Transfere-se para Portugal – Estoril para cuidar de edições musicais através do selo MEXMUSIC criado por Shen Ribeiro com o objetivo de editar trabalhos musicais de qualidade com objetivos culturais, como por exemplo.  Livro /CD Peregrinatio /Brazilian Music for the Shakuhachi/A Capella II / Bom Jesus – Alegria dos Homens – Música de J. S. Bach / Um Sonho Mágico – Ópera Infantil / Maria José Morais – Chopin Works.

Como Concertista apresentou-se em inúmeras salas de concertos no Brasil, Japão e Europa, interpreta um repertório muito variado de estilos e autores confraternizando temas clássicos, populares e tradicionais. O tema de seu trabalho e a comunhão das pessoas através das diferentes sonoridades das flautas que toca. A universidade o não preconceito e a humanização estão sempre presentes nas suas interpretações musicais. Dirigiu o grupo musical de câmara, “Rocheira Musique Ensemble”. Participa com “extra” -flauta e piccolo na Temporada 2001-2002 da Orquestra da Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa.

2003 – Retorna ao Brasil em abril na função de diretor o Estúdio Salaviva da Associação Cultural Cachuera!. No mesmo ano participa como flautista da Opera Portinari sob a direção musical do maestro Laércio de Freitas.

2007 – Filma um documentário sobre sua trajetória no Japão e as relações com o Shakuhachi, com o patrocínio da Fundação Japão.

2012 – Participa do encontro internacional de shakuhachi na cidade de Quioto (Japão) e assume a presidência da Associação Brasileira de Música Clássica Japonesa.

2013 – Recebe a nomeação de “Shen Kyomei”, (mestre em shakuhachi) da Associação Chikumeisha do Japão.

 

 

Participou dos encerramentos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016,  interpretando “Canto de Xango”, de Baden Powell, ao shakuhachi, no mesmo ano se apresenta no Festival “Roppongi Art Night” em Tóquio.

Em maio de 2017 a dezembro de 2019 exerceu o cargo de vice-presidente do Pavilhão Japonês, no Parque do Ibirapuera .

Em janeiro de 2020, fez uma turnê no Japão lançando seu novo trabalho “Shakuhachi live Recording” com gravações ao vivo com shakuhachi e conjuntos musicais variados, e se apresentou no Teatro Nacional do Japão, em Tóquio.

Anualmente, tem realizado concertos e intercâmbios com o Japão, em parceria com a Embaixada do Brasil em Tóquio, Consulado do Japão em São Paulo e Fundação Japão.

 

As músicas

1- Honkyoku do Castelo (Shen Kyomei Ribeiro)

Composição original  inspirada nas frases do honkyoku que é música original para shakuhachi.

O mestre Goro Yamaguchi dizia : “Tocar com o coração independente de qualquer problema”

A partir dessa frase, nasceu a ideia de tocar um Honkyoku original para a série “Música no Castelo”. Apesar da situação de pandemia, a música pode falar ao coração.


2- Alguém cantando (Caetano Veloso)

Alguém cantando longe daqui
Alguém cantando longe, longe
Alguém cantando muito
Alguém cantando bem
Alguém cantando é bom de se ouvir

Alguém cantando alguma canção
A voz de alguém nessa imensidão
A voz de alguém que canta
A voz de um certo alguém
Que canta como que pra ninguém

A voz de alguém
Quando vem do coração
De quem mantém
Toda a pureza
Da natureza
Onde não há pecado nem perdão


3- Olhando para o céu (Ue o muite aru ko)

Música: Hachidai Nakamura (中村 八大 ) / Letra: Rokusuke Ei (永 六輔)

上を向いて歩こう 涙がこぼれないように
思い出す春の日 一人ぼっちの夜

上を向いて歩こう にじんだ星を数えて
思い出す夏の日 一人ぼっちの夜

幸せは雲の上に 幸せは空の上に

上を向いて歩こう 涙がこぼれないように
泣きながら歩く 一人ぼっちの夜

思い出す秋の日 一人ぼっちの夜
悲しみは星の影に 悲しみは月の影に

上を向いて歩こう 涙がこぼれないように
泣きながら歩く 一人ぼっちの夜

 

Ue o muite arukoo
Namida ga kobore nai yoo ni
Omoidasu haru no hi
Hitoribotchi no yoru

Ue o muite arukoo
Nijinda hoshi o kazoete
Omoidasu natsu no hi
Hitoribotchi no yoru

Shiawase wa kumo no ue ni
Shiawase wa sora no ue ni

Ue o muite arukoo
Namida ga kobore nai yoo ni
Nakinagara aruku
Hitoribotchi no yoru

Omoidasu aki no hi
Hitoribotchi no yoru
Kanashimi wa hoshi no kage ni
Kanashimi wa tsuki no kage ni

Ue o muite arukoo
Namida ga kobore nai yoo ni
Nakinagara aruku
Hitoribotchi no yoru

 

Olhando para o céu
Para não derramar lágrimas
Lembro, em um dia de primavera
A noite sozinho

Olhando para o céu
Contando as estrelas brilhantes
Me lembro um dia de primavera
A noite sozinho

A felicidade está em cima das nuvens
A felicidade está em cima do céu

Olhando para o céu
Para não derramar lágrimas
Chorando, caminho
A noite sozinho

Lembro, em um dia de outono
A noite sozinho
A tristeza fica na sombra das estrelas
A tristeza fica na sombra da lua

Olhando para o céu
Para não derramar lágrimas
Chorando, caminho
A noite sozinho
A noite sozinho


4- Akatombo

Música: Kosaku Yamada (山田耕筰) / Letra: Rofu Miki (三木露風)

夕焼小焼の 赤とんぼ
負われて見たのは いつの日か

山の畑の 桑の実を
小籠に摘んだは まぼろしか

十五で姐やは 嫁に行き
お里のたよりも 絶えはてた

夕焼小焼の 赤とんぼ
とまっているよ 竿の先

 

Yuuyake koyake no akatonbo
Owarete mita nowa itsunohika
Itsunohika

Yama no hatake no kuwa no mi wo
Kokago ni tsunda wa maboroshi ka
Maboroshi ka

Juugo de neeya wa yome ni iki
Osato no tayori mo taehateta
Taehateta

Yuuyake koyake no akatonbo
Tomatte iru yo sao no saki
Sao no saki

 

Libélula Vermelha

Libélula vermelha no céu vermelho do pôr do Sol
Sendo carregada nas costas, eu vi um dia
Um dia

Nos campos da montanha, escolhemos frutos de amoreira
E colocamos em uma pequena cesta, isso é uma miragem?
Miragem

Aos quinze anos, a jovem casou
E cartas também pararam de vir
Pararam de vir

Libélula vermelha no céu vermelho do pôr do Sol
Está parada na ponta da minha vara de pescar
Vara de pescar


5- Manhã de carnaval (Luiz Bonfá)

Manhã, tão bonita manhã
Na vida, uma nova canção
Cantando só teus olhos
Teu riso, tuas mãos
Pois há de haver um dia
Em que virás

Das cordas do meu violão
Que só teu amor procurou
Vem uma voz
Falar dos beijos perdidos
Nos lábios teus

Canta o meu coração
Alegria voltou
Tao feliz a manhã
Deste amor


6- Amor em paz (Tom Jobim/Vinícius de Moraes)

Eu amei,
E amei ai de mim muito mais
Do que devia amar
E chorei
Ao sentir que iria sofrer
E me desesperar

Foi então
Que da minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei em você
A razão de viver
E de amar em paz
E não sofrer mais,

Nunca mais
Porque o amor
É a coisa mais triste
Quando se desfaz
O amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz


7- Travessia (Milton Nascimento)

Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho pra falar

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida, me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

 

Assista a apresentação do Shen Kyomei Ribeiro no projeto Música no Castelo.

 

 

Música no Castelo