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À guisa de introdução: o Zen e os entrelaçamentos entre religião, filosofia e arte

Permite-se a reprodução desta publicação, em parte ou no todo, sem alteração do conteúdo, desde que citada a fonte e sem fins comerciais.

Richard Gonçalves André
Doutor em História pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e pós-doutor em Língua, Literatura e Cultura Japonesa pela Universidade de São Paulo (USP). É professor do Departamento de História da Universidade Estadual de Londrina (UEL), atuando também no Programa de Pós-Graduação em História Social da mesma instituição. Coordena o Laboratório de Pesquisa sobre Culturas Orientais (LAPECO), sendo também editor-chefe da Prajna: revista de culturas orientais. Foi bolsista da Fundação Japão em 2023, tendo desenvolvido pesquisa em Tóquio, Sakata e Osaka a respeito da fotoetnografia produzida por Ken Domon e Ihee Kimura.

 

E-mail: richard_andre@uel.br

 

Palavras-chave: Zen, História, Religião, Filosofia, Arte.

 

Resumo:

No decorrer da história, tanto no Japão quanto em escala internacional, o significado do Zen mudou de diferentes formas: de concepção e prática religiosa voltadas para a meditação no século XIII, converteu-se em uma estética artística a partir do XVII, em uma filosofia na passagem do XIX para o XX e, mais recentemente, tem se apropriado de tecnologias como a robótica em seu repertório. O presente texto constitui uma introdução a uma série de ensaios publicados pela Fundação Japão de São Paulo e intitulada Zen: arte, cultura e tradição do Japão. Referenciando tanto os materiais da coletânea quanto outras bibliografias pertinentes assunto, a discussão realizada é arquitetada a partir de dois eixos: primeiramente, aborda-se o Zen do ponto de vista histórico, atentando para as camadas de significação construídas ao longo do tempo; logo em seguida, analisa-se os elementos que comporiam a chamada “estética zen”, percebendo como ela codifica elementos presentes na cultura japonesa anteriormente à introdução dessa escola budista no país. Como considerações provisórias, partindo-se de uma abordagem histórica e não essencialista, ressalta-se que o Zen, dependendo do contexto em que é apropriado, pode significar diferentes aspectos, como religião, filosofia e arte.

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