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Laços familiares e vínculos sanguíneos – uma ressignificação na filmografia do cineasta japonês Hirokazu Kore-eda com a atriz Kirin Kiki
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Célia Maki Tomimatsu
Bacharel em Filosofia, Mestra em Ciências da Religião e Doutora em Comunicação e Semiótica, pela PUC-SP. Colaboradora do Centro de Estudos Orientais da PUC-SP. Bolsista Fundação Japão – Japanese-Language Long Term Program for Teachers of the Japanese Language (1992). Bolsista Fundação Japão – Japanese-Language Short Term Program for Teachers of the Japanese Language (2001).
E-mail: mokuren416@gmail.com
Resumo:
Uma mãe, duas mães, três mães. Quantas mães são possíveis de existir? O que chamamos de figura materna? E quanto ao pai? São eles sempre o pilar central de um clã? O retrato idealizado de uma família constitui-se de pais e filhos unidos em harmonia. Retrato este que no olhar poético do cineasta japonês Hirokazu Kore-eda não existe, ou pelo menos não existe dentro de um escopo mais singelo e elementar. O presente texto esboça a existência de uma tênue fronteira entre laços sanguíneos e amor parental, independente de seus inter-relacionamentos familiares, e que a figura materna, nos papéis vividos pela atriz Kirin Kiki, tem uma presença essencial dentro deles, seja para o bem e para o mal.
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