Artigos


O Papel das Mulheres no Soft Power Japonês: Entre a Cultura Kawaii, a Desigualdade de Gênero e a Projeção Internacional

O artigo não pode ser utilizado total ou parcialmente sem o expresso consentimento do autor. A FJSP não detém os direitos sobre a obra, que pode ser protegida por direitos autorais.

Alana Camoça Gonçalves de Oliveira

Professora Adjunta no Departamento de Relações Internacionais (DRI/UERJ) e Professora do Corpo Permanente do Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais (PPGRI-UERJ). Realizou pós-doutorado no (PPGRI-UERJ) e no Programa de Pós-graduação em Ciências Militares da Escola de Comando e Estado Maior do Exército (ECEME). Possui Doutorado em Economia Política Internacional pelo Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PEPI-UFRJ). Atuou como Pesquisadora Visitante no Departamento de História da Universidade de Columbia em Nova York nos EUA e como Pesquisadora Visitante na Universidade de Osaka em Osaka no Japão. Dedica-se às reflexões sobre Segurança Internacional, Geopolítica e Estudos Asiáticos.

 

E-mail: alana.camoca@uerj.br

 

Resumo: Este ensaio analisa o papel feminino no soft power japonês, destacando como o Japão combina cultura, valores e política externa para projetar uma imagem positiva internacionalmente. Demonstramos que ícones femininos na cultura pop e nas artes tradicionais são utilizados como ferramentas diplomáticas para reforçar a identidade cultural do país. No entanto, a desigualdade de gênero no Japão representa um desafio significativo. A baixa representação feminina na política e a desigualdade em termos políticos, econômicos e sociais sobre o papel da mulher prejudicam sua imagem global. Demonstra-se que as mulheres desempenham um papel ambíguo no soft power japonês: enquanto figuras femininas na cultura reforçam a imagem do Japão como uma nação pacífica e “criativa”, a desigualdade de gênero interna mina relativamente sua credibilidade internacional. Para consolidar plenamente seu soft power e projetar-se como um país responsável na arena internacional, o Japão precisa continuar a implementar políticas que visem combater as desigualdades de gênero no país.

 

Palavras-chave: Japão; Mulheres; Soft Power

O artigo não pode ser utilizado total ou parcialmente sem o expresso consentimento do autor. A FJSP não detém os direitos sobre a obra, que pode ser protegida por direitos autorais.

Baixar o arquivo em PDF Baixar o Adobe Reader