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Satoko Ichihara – a voz feminina na reinvenção do Teatro Contemporâneo Japonês

O artigo não pode ser utilizado total ou parcialmente sem o expresso consentimento do autor. A FJSP não detém os direitos sobre a obra, que pode ser protegida por direitos autorais.

Alice K. Yagyu

Diretora, dramaturga e pedagoga teatral. Docente do Curso de Artes Cênicas da ECA/USP. Bolsista da Artists Fellowship (1990) e Japanese Studies (1995), da Fundação Japão. Coordena o Núcleo HANA de Pesquisa e Criação Teatral. Investiga a arte do ator na cena oriental-japonesa e ocidental-brasileira. Atuou e/ou dirigiu obras cênicas com apoios do Fomento Municipal, FUNARTE e ProAC. Publicou Iti ka bati ka (Tudo ou nada, ed. Javali, 2023), premiado no ProAC Dramaturgia (2021).

 

E-mail: alice-k@usp.br

 

Resumo: A geração de dramaturgos japoneses nascidos entre 1970 e 1980 emergiu em um cenário de crises econômicas e mudanças sociais, com as mulheres encontrando no teatro um espaço de resistência. Satoko Ichihara, dramaturga e diretora teatral, se destaca por sua abordagem provocadora, explorando comportamento, sexualidade e hibridização entre espécies. Sua peça As Bacantes – Vacas Leiteiras Holandesas reinterpreta a tragédia grega com um ser híbrido, meio-humano, meio-bovino, desafiando padrões patriarcais e antropocêntricos. Com elenco feminino, monólogos intensos e um universo grotesco, a obra questiona normas sociais e de gênero. Influenciada por Judith Butler, Ichihara denuncia o lookism e utiliza metáforas para dar voz aos marginalizados. Suas obras, marcadas por crítica social e humor ácido, redefinem o teatro como espaço de contestação, reinvenção e liberdade.

O artigo não pode ser utilizado total ou parcialmente sem o expresso consentimento do autor. A FJSP não detém os direitos sobre a obra, que pode ser protegida por direitos autorais.

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