Agenda
A Fundação Japão apoia a Mostra Nagisa Oshima
Publicado por FJSP em Arte e Cultura 15/07/2015

Mostra de Cinema Nagisa Oshima
RIO DE JANEIRO
De 15 a 27 de julho de 2015
Local:
CCBB-RJ
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro
Informações:
(21) 3808-2020
twitter.com/ccbb_rj
fb.com/ccbb.rj
SÃO PAULO
De 29 de julho a 10 de agosto de 2015
Local:
CCBB-SP
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro
Informações:
(11) 3113-3651
twitter.com/ccbb_sp
fb.com/ccbb.sp
Realização:
Ministério da Cultura
Banco do Brasil
Produção:
ziPPer Produções
Apoio Institucional:
Fundação Japão em São Paulo
Ministério da Cultura e Banco do Brasil apresentam Nagisa Oshima, retrospectiva do cineasta japonês conhecido por filmes como O império dos sentidos, Furyo, em nome da honra e O império da paixão.
Caracterizado pela ousadia de seus temas e pelo comprometimento com questões políticas e sociais, o diretor teve papel determinante para a visibilidade do cinema nipônico.
Composta por 12 obras selecionadas de sua vasta filmografia, a mostra permitirá ao público brasileiro conferir, além dos títulos acima, alguns trabalhos do início de sua carreira, raramente exibidos no Brasil.
O diretor
Nagisa Oshima sempre foi um rebelde contra convenções impostas, seja no mundo real – onde ele protestou contra o racismo, o militarismo no Japão pós-guerra e contra a guerra no Vietnã; seja no mundo do cinema – onde tratou de violência e sexualidade de forma radicalmente direta, renovando nosso olhar sobre essas temáticas. Seus filmes revelaram a ligação entre o político e o erótico, entre a sexualidade e a morte, e seu radicalismo sempre implicou a luta pela liberdade do indivíduo e do corpo. Esse radicalismo com que enfrentou as convenções morais e cinematográficas – o que podia ser mostrado e o que o público aguentava assistir na tela – atribuiu-lhe a fama de rebelde político e anarquista no cinema.
Sua carreira se iniciou, como a de muitos cineastas japoneses da época, no famoso estúdio Shochiku, onde trabalhou como assistente de direção. Em 1959, dirigiu seu primeiro filme, “Uma cidade de amor e de esperança”, que tratou da pobreza e das diferenças de classe no Japão pós-guerra, com estética do realismo social. Críticos classificaram seus filmes dos anos 60 como a “nova onda” japonesa, um cinema inspirado pela Nouvelle Vague francesa. Depois de seu terceiro longa-metragem, Oshima rompeu com a Shochiku, após o estúdio retirar seu filme “Noite e névoa no Japão” de circulação devido ao conteúdo político. O cineasta continuou, então, a fazer filmes com sua produtora independente.
Seus filmes dos anos 1960 têm frequentemente como protagonistas personagens rebeldes ou criminosos – como em “O túmulo do sol” e “Prazeres da carne” – ou tratam de violência e sexualidade – como em “Violência ao meio-dia” e “Duplo suicídio forçado: verão japonês”. Os filmes “Canções lascivas do Japão” e “O regresso dos três bêbados” experimentam com a narração e as formas cinematográficas, empregando cenas surreais e experimentais.
Sua obra-prima “Império dos sentidos” lhe trouxe sucesso internacional e reputação como cineasta. Devido a dificuldades no Japão com as cenas de sexo explícito, a produção foi transferida para a França. Até hoje, a versão integral do filme permanece proibida no Japão. Durante uma audiência no tribunal, Oshima respondeu à pergunta sobre o filme ser obsceno: “Nada do que é mostrado é obsceno. O que é obsceno é o que está oculto”. Durante o festival de Berlim, a cópia do filme foi confiscada pela polícia. O juiz a liberaria mais tarde, alegando que a obra não era pornográfica mas mostrava a proximidade entre o impulso dos sentidos e o impulso da morte.
Por sua obra seguinte, “O império da paixão”, Oshima ganhou a Palma de Ouro de melhor diretor no festival de Cannes em 1978. Um dos filmes mais conhecidos do cineasta é também a coprodução entre o Japão e o Reino Unido, “Furyo, em nome da honra”, que traz David Bowie e Takeshi Kitano no elenco e apresenta um campo de prisioneiros durante a 2ª Guerra Mundial. Seu último filme, “Tabu”, explora a homossexualidade dentro de um ambiente masculino fechado que é o dos samurais.
Nagisa Oshima morreu em 2013 deixando um legado de 23 longas metragens para o cinema, além de vários curtas-metragens e trabalhos para a televisão. A retrospectiva traz para o público brasileiro 12 filmes desse feroz defensor da liberdade de expressão e crítico do cinema comercial hollywoodiano.
PROGRAMAÇÃO
RIO DE JANEIRO
Dia 15/07 (Quarta-feira)
16h30 VIOLÊNCIA AO MEIO-DIA – 99 min, Digital, 18 anos
19h FURYO, EM NOME DA HONRA – 123 min, 35mm, 18 anos
Dia 16/07 (Quinta-feira)
16h30 DUPLO SUICÍDIO FORÇADO: VERÃ O JAPONÊS – 98 min, Digital, 18 anos
19h JUVENTUDE DESENFREADA – 96 min, Digital, 18 anos
Dia 17/07 (Sexta-feira)
16h30 UMA CIDADE DE AMOR E DE ESPERANÇA – 62 min, Digital, 18 anos
19h O REGRESSO DOS TRÊS BÊBADOS – 80 min, Digital, 18 anos
Dia 18/07 (Sábado)
16h30 O TÚMULO DO SOL – 87 min, Digital, 18 anos
19h IMPÉRIO DOS SENTIDOS – 104 min, 35mm, 18 anos
Dia 19/07 (Domingo)
16h30 O IMPÉRIO DA PAIXÃO – 108 min, 35mm, 18 anos
19h DUPLO SUICÍDIO FORÇADO: VERÃO JAPONÊS – 98 min, Digital, 18 anos
Dia 20/07 (Segunda-feira)
16h30 PRAZERES DA CARNE – 90 min, Digital, 18 anos
19h TABU – 100, min, 35mm, 18 anos
Dia 22/07 (Quarta-feira)
16h30 IMPÉRIO DOS SENTIDOS – 104 min, 35mm, 18 anos
19h O IMPÉRIO DA PAIXÃO – 108 min, 35mm, 18 anos
Dia 23/07 (Quinta-feira)
17h CANÇÕES LASCIVAS DO JAPÃO – 103 min, Digital, 18 anos
19h VIOLÊNCIA AO MEIO-DIA – 99 min, Digital, 18 anos
Dia 24/07 (Sexta-feira)
17h PRAZERES DA CARNE – 90 min, Digital, 18 anos
19h O TÚMULO DO SOL, 87 min, Digital, 18 anos
Dia 25/07 (Sábado)
17h O REGRESSO DOS TRÊS BÊBADOS – 80 min, Digital, 18 anos
19h FURYO, EM NOME DA HONRA – 123 min, 35mm, 18 anos
Dia 26/07 (Domingo)
17h TABU – 100, min, 35mm, 18 anos
19h UMA CIDADE DE AMOR E DE ESPERANÇA – 62 min, Digital, 18 anos
Dia 27/07 (Segunda-feira)
16h30 JUVENTUDE DESENFREADA – 96 min, Digital, 18 anos
19h CANÇÕES LASCIVAS DO JAPÃO – 103 min, Digital, 18 anos
SÃO PAULO
Dia 29/07 (Quarta-feira)
17h O IMPÉRIO DA PAIXÃO – 108 min, 35mm, 18 anos
19h30 IMPÉRIO DOS SENTIDOS – 104 min, 35mm, 18 anos
Dia 30/07 (Quinta-feira)
17h O TÚMULO DO SOL, 87 min, Digital, 18 anos
19h30 JUVENTUDE DESENFREADA – 96 min, Digital, 18 anos
Dia 31/07 (Sexta-feira)
17h PRAZERES DA CARNE – 90 min, Digital, 18 anos
19h30 O REGRESSO DOS TRÊS BÊBADOS – 80 min, Digital, 18 anos
Dia 01/08 (Sábado)
16h DUPLO SUICÍDIO FORÇADO: VERÃ O JAPONÊS – 98 min, Digital, 18 anos
18h FURYO, EM NOME DA HONRA – 123 min, 35mm, 18 anos
Dia 02/08 (Domingo)
16h TABU – 100, min, 35mm, 18 anos
18h UMA CIDADE DE AMOR E DE ESPERANÇA – 62 min, Digital, 18 anos
Dia 03/08 (Segunda-feira)
17h JUVENTUDE DESENFREADA – 96 min, Digital, 18 anos
19h30 PRAZERES DA CARNE – 90 min, Digital, 18 anos
Dia 05/08 (Quarta-feira)
17h CANÇÕES LASCIVAS DO JAPÃO – 103 min, Digital, 18 anos
19h30 VIOLÊNCIA AO MEIO-DIA – 99 min, Digital, 18 anos
Dia 06/08 (Quinta-feira)
17h FURYO, EM NOME DA HONRA – 123 min, 35mm, 18 anos
19h30 DUPLO SUICÍDIO FORÇADO: VERÃ O JAPONÊS – 98 min, Digital, 18 anos
Dia 07/08 (Sexta-feira)
18h UMA CIDADE DE AMOR E DE ESPERANÇA – 62 min, Digital, 18 anos
19h30 TABU – 100, min, 35mm, 18 anos
Dia 08/08 (Sábado)
16h IMPÉRIO DOS SENTIDOS – 104 min, 35mm, 18 anos
18h O TÚMULO DO SOL, 87 min, Digital, 18 anos
Dia 09/08 (Domingo)
16h O REGRESSO DOS TRÊS BÊBADOS – 80 min, Digital, 18 anos
18h O IMPÉRIO DA PAIXÃO – 108 min, 35mm, 18 anos
Dia 10/08 (Segunda-feira)
17h VIOLÊNCIA AO MEIO-DIA – 99 min, Digital, 18 anos
19h30 CANÇÕES LASCIVAS DO JAPÃO – 103 min, Digital, 18 anos
Serviço
Mostra de Cinema Nagisa Oshima
RIO DE JANEIRO
De 15 a 27 de julho de 2015
Local:
CCBB-RJ
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro
Informações:
(21) 3808-2020
twitter.com/ccbb_rj
fb.com/ccbb.rj
SÃO PAULO
De 29 de julho a 10 de agosto de 2015
Local:
CCBB-SP
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro
Informações:
(11) 3113-3651
twitter.com/ccbb_sp
fb.com/ccbb.sp
Realização:
Ministério da Cultura
Banco do Brasil
Produção:
ziPPer Produções
Apoio Institucional:
Fundação Japão em São Paulo
Parabéns pela belíssima mostra, espero que um dia posssamos ter outra com toda a filmografia deste grande mestre do cinema e que um dia, não muito distante, seus filmes sejam disponibilizados em dvd ou blu-ray aqui no Brasil.
Guilherme Andries