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Pavilhão Japonês, no Parque do Ibirapuera, celebra seus 60 anos
Publicado por FJSP em Arte e Cultura 28/08/2014
Pavilhão Japonês
Parque do Ibirapuera – portão 10 (próx. ao Planetário e ao Museu Afro Brasil)
Funcionamento: quarta-feira, sábado, domingo e feriados
Horário: das 10h às 12h e das 13h às 17h
Informações:
Tels.: (11) 5081-7296 / (11) 3208-1755
E-mail: patrimonio@bunkyo.org.br
Site: www.bunkyo.org.br
Contribuição adulto: R$ 7,00
Estudante com carteirinha e
crianças de 5 a 11 anos: R$ 3,50
Menores de 5 anos e idosos
acima de 65 anos: entrada gratuita
Comemorações dos 60 Anos do Pavilhão Japonês
Realização:
Instituto Brasil-Japão de Integração Cultural e Social
Coordenação:
Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social
Apoio:
Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Prefeitura da Cidade de São Paulo – Secretaria do Verde e Meio Ambiente e Secretaria da Cultura, Consulado Geral do Japão, Fundação Japão, Centro de Chado Urasenke do Brasil, Hospital Santa Cruz, Associação Brasileira de Ikebana e Associação Brasileira de Música Clássica Japonesa
Patrocínio:
Fundação Kunito Miyasaka, Honda, Sansuy, Sakura Alimentos, Brasil Kirin, Construtora Hoss e Gocil Segurança e Serviço
Visitado pela maioria das autoridades japonesas que vieram ao Brasil, o Pavilhão Japonês é um monumento que simboliza o sentimento de gratidão do Japão ao povo brasileiro pela acolhida aos imigrantes japoneses. No dia 29 de agosto será realizada a homenagem aos pioneiros pela criação deste espaço e sua manutenção ao longo de 60 anos. A programação segue com outras atividades culturais até o dia 28 de setembro.
O Pavilhão Japonês
Construído conjuntamente pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira, o Pavilhão Japonês foi doado à cidade de São Paulo, em 1954, na comemoração do IV Centenário de sua fundação. Naquela época estava sendo inaugurado o Parque do Ibirapuera, marco do IV Centenário.
Coube a Oscar Niemeyer a responsabilidade pelo projeto arquitetônico do Parque, mas entre os espaços idealizados pelo arquiteto uma construção não apresenta seus traços. Trata-se do Pavilhão Japonês, que tem como principal característica o emprego dos materiais e técnicas tradicionais japonesas, tendo como referência o Palácio Katsura, antiga residência de verão do Imperador em Kyoto.
O Pavilhão Japonês foi transportado desmontado, em navio, e reúne materiais trazidos especialmente do Japão, tais como as madeiras, pedras vulcânicas do jardim, lama de Kyoto que dá textura às paredes, entre outros.
Sua construção aqui contou com numerosos imigrantes japoneses que atuaram como voluntários para auxiliar o corpo técnico vindo do Japão. O Pavilhão ocupa uma área de 7.500 m² às margens do lago do Parque e é composto de um edifício principal suspenso, que se articula em um salão nobre e diversas salas anexas, salão de exposição, jardim, além de um belíssimo lago de carpas.
Seu projeto foi executado pelo professor Sutemi Horiguchi (da Universidade Meiji) e baseia-se em composições modulares de madeira (com divisórias deslizantes, externas e internas), organicamente articuladas, e marcadas pela presença do tokonoma (área destinada à exposição de pinturas, arranjos florais, cerâmica, etc), incluindo chashitsu (sala para cerimônia de chá), bem como outros nichos embutidos, com prateleiras e pequenos gabinetes, decorativamente dispostos.
A sala de cerimônia do chá foi inaugurada em 1954 com a presença do grão-mestre herdeiro Sem Soko (posteriormente, 15º Grão Mestre da Escola Urasenke de Cerimônia do Chá). O lago recebeu os primeiros nishikigoi (carpas coloridas) no início de 1970, por iniciativa da Associação Brasileira de Nishikigoi.
O Salão de Exposição abriga peças originais e réplicas dos “tesouros japoneses”, representando linguagens artísticas e artesanais de diferentes períodos; doadas e consignadas pelo governo do Japão, entidades, empresas e personalidades diversas. Parte deste acervo foi exposto durante as comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo.
Uma trajetória de 60 anos
Tombado pelos órgãos municipal e estadual, o Pavilhão Japonês tem sido restaurado pela Nakashima Komuten, tradicional empresa japonesa na construção e restauração de pontes e moradias de madeira. Seu presidente, Norio Nakashima, realizou obras em 1988, 1998 e 2013, sempre de forma voluntária.
Atualmente este é um dos raros pavilhões, fora do Japão, a manter suas características em perfeito estado de conservação.
Ilustres visitantes estiveram no Pavilhão Japonês ao longo destes 60 anos e o jardim exibe alguns marcos destas visitas, como a homenagem da Cidade de São Paulo à comunidade nipo-brasileira em 18 de junho de 1978, por ocasião da visita do casal de príncipes herdeiros Michiko e Akihito.
A Programação Comemorativa Aos 60 Anos
A comemoração abre com cerimônia solene na tarde do dia 29 de agosto próximo, quando serão prestadas homenagens a diversas entidades e personalidades.
No sábado, dia 30, o evento prossegue com a abertura da exposição de cerâmica, concerto de música clássica japonesa e continuidade das exposições de kimono e de ikebana.
A programação especial comemorativa continua nos finais de semana durante do mês de setembro.
Os homenageados
Ao todo foram relacionados mais de 30 nomes, mas a lista foi reduzida, pois algumas pessoas já são falecidas e não se conseguiu localizar o paradeiro de seus descendentes. As homenagens foram organizadas em cinco itens, sendo que, em caso do falecimento do homenageado, um representante familiar foi convidado para participar da cerimônia.
Participação na época da construção do Pavilhão Japonês
– no Japão: Construtora Takenaka, Construtora Nakashima, Sutemi Horiguchi, Associação Central Nipo-Brasileira e Daisosho Sen Genshitsu.
– no Brasil: Guilherme de Almeida e Francisco Matarazzo Sobrinho.
Comissão Colaboradora da Colônia Japonesa Pró-IV Centenário de São Paulo: Kiyoshi Yamamoto, Kunito Miyasaka, Senichi Hachiya, Sakuyoshi Hase, Jorge Suguita, Toshio Takeda, Katsuki Nishimura e Seian Hanashiro.
Presidentes da Comissão de Administração do Pavilhão Japonês: Tadashi Inoue, Teruo Wakabayashi, Walter Tamura, Tomohiça Ogassavara, Ringo Kubota, Sadao Onishi, Eiji Denda e Akira Kawaai.
Honra ao Mérito (pessoas/entidades que participaram ativamente para a manutenção do Pavilhão Japonês): Centro de Pesquisas de História Natural (Goro Hashimoto), Kazuo Harasawa, Seiji Ito e o casal Yasuharo e Rosa Fujii.
Exposição de kimonos
Kimono, tradicional vestuário japonês, caracteriza-se pela simplicidade de sua estrutura modular.
No entanto, nesta aparente simplicidade, sua estampa, cores, tecidos, comprimento das mangas, entre outros elementos, incorporam e expressam determinadas etiquetas e hierarquias.
Certamente, reside aí o poder de atração que esses kimonos exercem junto aos ocidentais.
Ciente dessa característica, ao comemorar os 60 anos do Pavilhão Japonês, o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil preparou uma exposição de kimonos, cujas peças estarão dispostas em diferentes pontos e que busca destacar a ambientação focada em diferentes aspectos da cultura japonesa.
Exposição de Cerâmica “Caminhos e Encontros”
O modo de fazer cerâmica japonês, trazido pelos imigrantes, entende a natureza como algo que não deve ser transformado sem necessidade vital. Há também um profundo respeito pelo material trabalhado e pelo que ele virá a ser, que permeia o ritual da transformação. Assim, toda e qualquer ferramenta, utensílio e objeto fabricado pelo homem deve ser útil e, ao mesmo tempo, belo.
A Exposição de Cerâmica “Caminhos e Encontros” vai apresentar um acervo representativo da arte cerâmica herdeira das tradições nipônicas, tendências e expressões surgidas ao longo da integração dos japoneses no Brasil.
Esta exposição reúne renomados ceramistas japoneses que trouxeram em sua bagagem a técnica e estilo de cerâmica do Japão. Cada um deles convidou mais dois ceramistas completando assim a proposta de “Caminhos e Encontros”.
Mestres Ceramistas: Hideko Honma, ikoma, Kimi Nii, Kimiko Suenaga, Megumi Yuasa, Mieko Ukeseki, Shoko Suzuki, Shugo Izumi
Ceramistas convidados: Acácia Azevedo, Beamar, Beth Shiroto Yen, Cidraes, Dalcir Ramiro, Fátima Rosa, Ivone Shirahata, Iweth Kusano, Luciane Yukie Sakurada, Marcelo Tokai, Mário Konishi, Massaco Koga, Nádia Saad, Rafael Dai Izumi, René Le Denmat, Ricardo Woo, Ryoko, Sara Carone e Vivi Faria.
Comissão Organizadora: Kenjiro Ikoma, Olga Ishida, Eliana Kanki
A mostra prossegue até o dia 28 de setembro, e se realiza em parceria com o Hospital Santa Cruz que comemora 75 anos de fundação.
Além da mostra, cada artista participante doou uma peça, cujo valor de venda será revertido em prol do Pavilhão Japonês e do Hospital Santa Cruz.
Programação das Oficinas – Setembro
Dia 06 (sábado) – Olga Ishida e Eliana Kanki
Oficina de modelagem manual – a partir de 5 anos, duração de 30 minutos cada oficina.
Manhã: das 10h às 12h – 4 turmas (10 alunos)
Tarde: das 13h às 15h – 4 turmas (10 alunos)
Dia 07 (domingo) – Olga Ishida e Eliana Kanki
Oficina de modelagem manual – crianças a partir de 5 anos e adultos, duração de 30 minutos cada oficina.
Manhã: das 10h às 12h – 4 turmas (10 alunos)
Tarde: das 13h às 15h – 4 turmas (10 alunos)
Dia 13 (sábado) – Hideko Honma
Oficina de torno elétrico – crianças a partir de 5 anos e adultos, duração de 30 minutos cada oficina.
Manhã: das 10h às 12h – 4 turmas (6 alunos)
Tarde: das 13h às 15h – 4 turmas (6 alunos)
Dia 27 (sábado) – Kenjiro Ikoma
Oficina de bonecas e animais – crianças a partir de 5 anos e adultos
As turmas serão de 12 pessoas, com duração de 15 minutos, nos seguintes períodos:
Manhã: das 10h às 12h / Tarde: das 13h às 15h
Exposição Conjunta de Ikebana
Sete escolas da Associação de Ikebana do Brasil realizam uma exposição conjunta ocupando diferentes espaços do Pavilhão Japonês: Ikenobo Kadokai Nanbei Shibu, Instituto de Ikebana Ikenobo do Brasil, Associação de Ikebana Kado Ikenobo Tatibana da América Latina, Saga Ryu, Associação Cultural de Ikebana Kooguetsu Ryu, Ikebana Sogetsu, Ikebana Sangetsu.
Além disso, durante o mês de setembro, aos domingos, às 14h, a Associação estará ministrando oficinas gratuitas (turmas de 10 alunos).
Concertos de Música Clássica Japonesa
A Associação Brasileira de Musica Clássica Japonesa programou uma série de concertos especiais comemorativos, sendo que o primeiro realiza-se no sábado, dia 30 de agosto, a partir das 15h, com Trio Kagurazaka (formado por Shen Kyomei/Tamie Kitahara/Gabriel Levy). No dia seguinte, dia 31 (domingo, às 11h), haverá o Concerto de Danilo Tomic.
Programação dos Concertos – Setembro:
Dia 6 (sábado), às 15h – Associação Michio Miyagui do Brasil
Dia 7 (domingo), às 11h – Associação Michio Miyagui do Brasil
Dia 13 (sábado), às 15h – Miwakai Soukyoku Seiguensa do Brasil e Shinzankai Tozanryu Shakuhachi do Brasil
Dia 14 (domingo), às 11h – Miwakai Soukyoku Seiguensa do Brasil e Shinzankai Tozanryu Shakuhachi do Brasil
Dia 20 (sábado), às 15h – Concerto de violão solo com Camilo Carrara
Dia 21 (domingo), às 11h – Concerto de Shakuhachi – estilos Kinko e Tozan
Dia 21 (domingo), às 15h – Concerto de Flauta (Shen Ribeiro) e Harpa (Soledad Yaya)
Dia 27 (sábado), às 15h – Grupo Seiha do Brasil
Dia 28 (domingo), às 11h – Grupo Seiha do Brasil
Além das comemorações, um monumento e um jardim
Fora a programação especial, outros projetos fazem parte das comemorações dos 60 anos do Pavilhão Japonês.
Um deles é o “Espaço Espírito Japonês”. Trata-se de uma obra do renomado artista plástico Yutaka Toyota, autor de mais de 100 obras monumentais e comemorativas realizadas em espaços públicos e privados pelo mundo, que será instalada próximo à entrada do Pavilhão. A peça está sendo projetada com 2,40m de altura, em aço polido e escovado e concreto enfeitado com granito.
O outro é o “Jardim Honda”, que vai ficar em frente ao Jardim Japonês, e simboliza a união dos povos ao longo de mais de um século. O espaço recria, com espécies nativas da Mata Atlântica e Cerrado, a paisagem encontrada pelos imigrantes japoneses quando chegaram ao Brasil no começo do século passado.
A passagem suspensa que liga o Pavilhão Japonês ao Salão de Exposição será o local ideal para o visitante apreciar, de um lado, o jardim zen com seus pinheiros negros, e de outro, o jardim com biodiversidade nativa.
O projeto do Jardim Honda é de autoria de Ricardo Cardim, mestre em Botânica e professor responsável do curso de Paisagismo Sustentável e Telhados Verdes no Green Building Council Brasil. Em 2012, ele implantou os primeiros telhados verdes com biodiversidade nativa do Brasil.
Serviço
Pavilhão Japonês
Parque do Ibirapuera – portão 10 (próx. ao Planetário e ao Museu Afro Brasil)
Funcionamento: quarta-feira, sábado, domingo e feriados
Horário: das 10h às 12h e das 13h às 17h
Informações:
Tels.: (11) 5081-7296 / (11) 3208-1755
E-mail: patrimonio@bunkyo.org.br
Site: www.bunkyo.org.br
Contribuição adulto: R$ 7,00
Estudante com carteirinha e
crianças de 5 a 11 anos: R$ 3,50
Menores de 5 anos e idosos
acima de 65 anos: entrada gratuita
Comemorações dos 60 Anos do Pavilhão Japonês
Realização:
Instituto Brasil-Japão de Integração Cultural e Social
Coordenação:
Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social
Apoio:
Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Prefeitura da Cidade de São Paulo – Secretaria do Verde e Meio Ambiente e Secretaria da Cultura, Consulado Geral do Japão, Fundação Japão, Centro de Chado Urasenke do Brasil, Hospital Santa Cruz, Associação Brasileira de Ikebana e Associação Brasileira de Música Clássica Japonesa
Patrocínio:
Fundação Kunito Miyasaka, Honda, Sansuy, Sakura Alimentos, Brasil Kirin, Construtora Hoss e Gocil Segurança e Serviço
Comentários
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Gostaria de saber se o pavilhão está aberto também nos feriados e pontes de feriados e os horários. Obrigada
GOSTARIA DE RECEBER PROGRAMACAO DE CURSOS OU OFICINAS 2016 DO PAVILHAO JAPONES.
OBRIGADO