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Expandindo as fronteiras da tradição: a espiritualidade na história e no processo de internacionalização do shakuhachi

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Rafael Hiroshi Fuchigami
Professor de Educação e Cultura Musical da Universidade de Música de Tóquio (TCM) e Pesquisador-Administrador do Instituto de Etnomusicologia (da mesma universidade). Entre 2021 e 2023 trabalhou como Pesquisador no Projeto “Arts Management for Traditional Japanese and Asian Music” do Ministério da Cultura do Japão. Suas áreas e temas de pesquisa são: Educação Musical, Etnomusicologia, Imigração Japonesa, Performance em Shakuhachi, Hitoyogiri (Flauta Medieval Japonesa) e Tenpuku (Flauta Tradicional de Kagoshima). Como performer de shakuhachi, atua na orquestra de instrumentos tradicionais “Pro Musica Nipponia” e também é membro da JSPN (Japan Shakuhachi Professional-players Network). Além disso, faz parte dos grupos “Sugawara-gumi”, “Ensemble Shion” e “Ensemble Kokopelli”. Em seu repertório constam músicas tradicionais, modernas e contemporâneas, música clássica e música brasileira.
Formou-se Bacharel em Flauta Transversal (2011), e Mestre em Fundamentos Teóricos (2012) pela UNICAMP, com Bolsa da FAPESP. Em sua trajetória com a flauta recebeu orientações de Renato Kimachi, Edson Beltrami, Marcos Fregnani-Martins e Sávio Araújo. Em 2013 recebeu Bolsa de Estudos da FAPESP para estudar no Japão por seis meses. A partir de 2015 foi contemplado com a Bolsa de Estudos da Nippon-Zaidan, por cinco anos, para estudar em Tóquio. No Japão, recebeu orientações de shakuhachi dos professores Kaoru Kakizakai e Kuniyoshi Sugawara. Em 2019 obteve licença de professor (Shihan) pelo The International Shakuhachi Kenshu-kan. Em 2020 tornou-se Doutor (PhD) em Música pela Tokyo College of Music (TCM).

 

E-mail:fuchigami@shakuhachi.com.br

 

Palavras-chave: Shakuhachi, História, Espiritualidade, Internacionalização do Shakuhachi, Ressignificação

 

Resumo:

A flauta tradicional shakuhachi, atualmente difundida em diversos países, já foi concebida como ferramenta espiritual, de uso exclusivo dos monges budistas Komusō (Monges do Vazio). Posteriormente, o rompimento desse monopólio, a introdução da música ocidental no Japão, a Imigração e a difusão da cultura japonesa pelo mundo, bem como a internacionalização do shakuhachi, fazem parte de um longo processo histórico, no qual a música e a espiritualidade são constantemente ressignificadas.

 

 

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