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O Zen como Ideologia: Genealogias da Arte Japonesa nos Debates Sobre a Tradição
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Gabriel Kogan
Gabriel Kogan, arquiteto e crítico, formado pela FAU-USP, onde desenvolve também doutorado. Professor convidado no Tokyo Institute of Technology em 2021 e pesquisador pela Japan Foundation Fellowship na Kyoto University em 2022. Professor na Escola da Cidade e palestrante convidado da Politécnico de Milão (POLIMI, campus Mantova). Oferece cursos livres no MASP (2016) e MuBE (2017 & 2018). É colaborador da Folha de S.Paulo, e também escreveu para a Revista Bamboo, AU e as japonesas A+U e GA House. Em 2013, apresentou mestrado no UNESCO-IHE nos Países Baixos. Entre 2007 e 2015, trabalhou no escritório de arquitetura Studio MK27. Participou no anteprojeto do Museu de Minas e Metal de Paulo Mendes da Rocha em 2006 e da organização do Arte/Cidade de Nelson Brissac em 2005. Em 2015, fundou o instituto CENTRO Pesquisas Urbanas e e edita a Revista Centro. Integra o juri do Troféu APCA para a categoria de arquitetura.
E-mail: gabrielkogan@gmail.com
Palavras-chave: Cerimônia do Chá, Arquitetura Japonesa, Modernismo, Kenzo Tange, Taro Okamoto, Ideologia, Zen
Resumo: No contexto dos Debates sobre a Tradição [Dentō Ronsō] nos anos 1950 no Japão, o artista Taro Okamoto e arquitetos liderados por Kenzo Tange começaram a investigar as artes japonesas a partir de dois troncos genealógicos: um popular, tributário dos objetos de barro do período Jōmon [16.000AC-300AC]; e outro aristocrático, relacionado à produção do período posterior Yayoi [300 AC.-300 DC]. Este artigo investiga o Zen como um catalisador e aglutinador da cultura elegante e sofisticada das classes dominantes japonesas, desdobradas a partir Yayoi. Em um processo ideológico, tais artes reunidas no Zen tendem a prevalecer como imagem universal japonesa, no entanto, este não é um processo linear e a contribuição das culturas populares criam conflitos e rugosidades. O próprio desenvolvimento da história da cerimônia do chá acaba por revelar tais resistências.
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