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Fundação Japão e Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Japonesa da USP promovem o IV Colóquio em Estudos Japoneses

Publicado por FJSP em Estudos Japoneses e Intercâmbio Intelectual 14/03/2019

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O evento é aberto ao público, com entrada gratuita. Interessados deverão retirar senha (uma por pessoa) meia hora antes do evento

Em 3 de abril de 2019, a Fundação Japão e o Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Japonesa da Universidade de São Paulo (USP) promovem o IV Colóquio em Estudos Japoneses. O evento contará com duas apresentações distintas, apresentadas por alunos do programa.

O primeiro a se apresentar será o mestrando Gabriel de Oliveira Fernandes, graduado em Língua e Literatura Japonesa pela Universidade de Brasília (2011), onde também foi professor temporário de Literatura (2015-2016). Seu tema, “Detestável e honrado: a raiz do raciocínio analítico japonês em Muzan, de Kuroiwa Ruiko”, abordará a trajetória deste adaptador e tradutor de material Ocidental, que introduziu os romances policiais no Japão, levando a população local a entender e consumir essa nova literatura, que até então não tinha espaço na cultura japonesa.

 

“Para observarmos essa introdução, analisaremos como Muzan (Crueldade, 1889), seu primeiro e único trabalho autoral, cria um embate entre o investigador tradicional japonês e o moderno detetive analítico, acentuando uma nova onda do pensamento criminalístico japonês”, explica Gabriel.

Na segunda parte, em “Musashi, a trajetória de formação de Miyamoto Musashi durante o exílio”, Bruno Tomaz Custódio dos Reis, que é graduado em Letras pela UNESP e mestre pelo Programa da USP em 2018, apresentará o romance de Yoshikawa Eiji, que foi serializado pelo jornal Asahi Shimbun e mais tarde publicado em formato de livro. 

Musashi (1935-1939)narra a trajetória de Miyamoto Musashi, imortalizado como um dos maiores espadachins do Japão, que sofria à época uma grande transição na entrada do século 17.

 

“Essas mudanças estão entrelaçadas na decisão do autoexílio, após a reclusão em meio ao alcance da erudição buscados pelo protagonista, que se sentia incompreendido e excluído por familiares e demais membros da sociedade”, revela Bruno.

A apresentação das motivações que fizeram Musashi a adotar o exílio como estilo de vida será fundamentada em estudos de Katō Shūichi (2012) e Edward Said (2003).