Agenda
Trio Kagurazaka e convidados apresentam-se no Grande Auditório do MASP
Publicado por FJSP em Arte e Cultura 04/12/2013
Concerto SHIZEN – Natureza
Data: 15 de dezembro de 2013
Horário: 13 h
Duração: 90 minutos, sem intervalo
Classificação: livre
Local:
Grande Auditório do MASP
Avenida Paulista, 1578, São Paulo-SP
Informações: (11) 3251-5644
Evento gratuito
Retirada da senha 1 hora antes do concerto
Capacidade: 374 lugares
Realização:
Fundação Japão em São Paulo
Associação Brasileira de Musica Clássica Japonesa
Apoio:
Consulado Geral do Japão em São Paulo
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP
Associação Cultural Cachuera!
Gráfica Paulo’s
Um encontro da música japonesa com a brasileira, promovida a partir de instrumentos ocidentais e também dos tradicionais shamisen, koto e shakuhachi
No próximo dia 15 de dezembro, o Grande Auditório do MASP, recebe, às 13h, Trio Kagurazaka acompanhado dos convidados Yuka de Almeida Prado e Beto Angerosa, no concerto SHIZEN – Natureza.
Será um grande encontro dos instrumentos tradicionais japoneses, como o koto, o shakuhachi ou o shamisen, ao lado de outros populares no Brasil, como o acordeão e o piano. No programa, uma surpreendente combinação de obras nacionais e japonesas, em composições que datam do século 18 até a década de 60, com acompanhamentos inusitados, revelando a versatilidade dos instrumentos tradicionais japoneses, que ao contrário do que muitos possam imaginar, vão muito além da música japonesa, tradicional ou folclórica.
Quem já imaginou um clássico de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, ou o ícone da Bossa Nova, Samba de Verão (1964), de Marcos Vale, ao som do shakuhachi? E quem sabe Haru no Umi (1926), a principal obra de Michio Miyagi, renomado compositor japonês, ao som do acordeão?
Pois tudo isso e muito mais será possível nesta apresentação única, conforme revela Shen Ribeiro, presidente da Associação Brasileira de Música Clássica Japonesa e curador do concerto.
“O Trio Kagurazaka apresenta um programa para este encontro de músicas de diferentes períodos e estilos, mas com o tema Natureza sempre presente.”
O programa é aberto com a peça Sokaku Reibo, um canto Zen Budista reunido em meados do século XVIII, por um monge samurai chamado Kinko Kurozawa.
“Com postura de artesão, o tocador apenas faz soar o shakuhachi através da partitura, deixando a sonoridade do shakuhachi falar por si só”, explica Shen, que destaca que esta música está viajando o espaço sideral dentro da nave Voyager II, em uma gravação de seu mestre, Goro Yamaguchi.
O programa conta, ainda, com canções bastante conhecidas dos fãs da música japonesa, como Akatombo (1927) ou Kojo no Tsuki (1901), que ganham um destaque todo especial na voz da soprano Yuka de Almeida Prado.
No encerramento, o concerto guarda uma surpresa que certamente deixará o público extasiado. Será a grande confirmação de que, em se tratando de música, tudo é possível.
O concerto é gratuito, com senhas disponíveis para retirada uma hora antes do início.
Os músicos
Além dos integrantes do Trio Kagurakaza, Shen Ribeiro (shakuhachi, instrumento tradicional do Japão, de bambu e flauta transversal), Tamie Kitahara (koto e shamisen, tradicionais instrumentos de cordas do Japão e voz) e Gabriel Levy (shamisen, acordeão e piano), o concerto contará com a participação especial de Beto Angerosa (percussão) e Yuka de Almeida Prado (voz). Confira um pouco mais sobre os músicos:
TRIO KAGURAZAKA
Kagurazaka é um bairro tradicional de Tóquio, onde vivem muitos músicos e artistas. Caminhando pelo local, ao cair da tarde, pode-se ouvir sons de koto, shamisen, shakuhachi, piano, entre outros. Nesta inspiração, o Trio Kagurazaka procura, com a combinação de shakuhachi, koto e acordeão, interpretar o repertório clássico da música japonesa, trazendo novas possibilidades de arranjos e improvisos através de conexões com outros universos musicais, aproveitando as texturas sonoras dessa formação única.
TAMIE KITAHARA
Nascida na província de Yamaguchi, no Japão, Tamie estudou desde criança o koto e, posteriormente, o shamisen. Em 1996, recebeu da Associação Japonesa Seiha Hougakukai o título de Mestre, com o nome artístico Utahito. Desde então, dedica-se à formação de alunos, principalmente crianças e jovens. É membro da Associação Brasileira de Música Clássica Japonesa e presidente do grupo Seiha Brasil de Koto.
SHEN RIBEIRO
Natural de Botucatu, Shen teve uma educação musical tradicional até 1987, quando partiu para o Japão onde permaneceu por muitos anos. Estudou shakuhachi e ingressou na Universidade de Belas Artes de Tóquio, tendo sido convidado a tocar para o Imperador do Japão. Tem seis CDs gravados, entre eles Brazilian Music for the Shakuhachi, projeto que uniu a flauta tradicional japonesa à música popular brasileira. Retornou ao Brasil em 2003, e desde então é diretor do Estúdio Salaviva da Associação Cultural Cachuera! Como concertista, vem apresentando-se em inúmeras salas do Brasil, Japão e Europa, interpretando um repertório que mescla temas clássicos, populares e tradicionais. Presidente da Associação Brasileira de Música Clássica Japonesa, recebeu recentemente o título de Mestre, Kyomei, da Associação Chikumeisha, no Japão, fundada pelo Mestre Shiro Yamaguchi e continuada pelo filho Mestre Goro Yamaguchi . Chikumeisha é hoje uma escola referência de tocar shakuhachi, a começar por ajustes para aprimorar a afinação e o seu timbre, até a tradição oral para ler e tocar as partituras de honkyoku (música original para shakuhachi) por exemplo, propõe que sem a oralidade seria impossível interpretar e compreender o universo sonoro deste instrumento musical.
GABRIEL LEVY
Acordeonista de formação eclética, Gabriel desenvolve também trabalhos como regente e arranjador. É integrante do grupo Mawaca, de pesquisa e releitura do folclore mundial, vencedor de diversos prêmios da crítica internacional como revelação e melhor grupo de world music. Atualmente tem se apresentado com seu próprio trio ou quarteto, tocando repertório tradicional ou composições inspiradas em músicas do mundo.
YUKA DE ALMEIDA PRADO
Professora de Canto do Departamento de Música e Pesquisadora do Núcleo de Apoio em Ciências da Performance em Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, é graduada em Canto pela Faculdade de Música Kunitachi (Kunitachi Ongaku Daigaku) e especialista no Centro de Pesquisas de Canções Japonesas e Francesas (Nichifutsu Kenkyujo), ambos em Tóquio. Concluiu o mestrado (O crepúsculo na canção Akatonbo de Kosaku Yamada e Bachianas Brasileiras nº 5 de Heitor Villa-Lobos) e o doutorado (A poética japonesa na canção brasileira) na ECA-USP. Apresentou recital-conferência na Universidade de Aveiro, Portugal, na National University of Singapore e em Istambul e realizou conferências em Ciências da Performance no Canadá, Áustria e Itália. Como camerista, apresenta amplo repertório da canção brasileira e japonesa, assim como as primeiras audições de compositores brasileiros contemporâneos, tanto no Brasil como nos Estados Unidos. É membro do Ensemble Mentemanuque, com apresentações no Brasil, na Suíça e na Alemanha.
BETO ANGEROSA
Músico baterista e percussionista, bacharel em Filosofia pela USP, iniciou sua formação musical na adolescência, buscando realizar um trabalho de criação e pesquisa em torno da percussão nas diversas linguagens da música mundial, em estilos como instrumental brasileiro, jazz, MPB, latino, pop/ eletrônico e música étnica, participando continuamente de gravações, bandas e shows por todo o país e no exterior. Atualmente, participa de CDs e DVDs de vários projetos musicais, em fase de lançamento, ao lado de talentos como o acordeonista Toninho Ferragutti (CD “Ó Sorriso da Manú”), a Orquestra Mundana de Carlinhos Antunes (CD “Muvuca”), grupo Mutrib (CD “Primeiras Viagens”), a cantora Fortuna (CD e DVD “TicTic Tati”, musical infantil produzido pela rede Sesc), o guitarrista flamenco Fernando de la Rua (CD “Nuances”), o grupo Mawaca (CD e DVD “Inquilinos do Mundo”), CD “Sinais Vitais” (da cantora de Nova MPB Anabel Bian), além de atuar como freelancer em diversas produções e gravações. É, também, professor de Percussão Popular e Rítmica na EMESP Tom Jobim, co-autor de ‘Percussão Total’, primeiro livro do Conservatório Souza Lima (SP), e professor no Clube A Hebraica e em diversos estúdios de danças étnicas.
Serviço
Concerto SHIZEN – Natureza
Data: 15 de dezembro de 2013
Horário: 13 h
Duração: 90 minutos, sem intervalo
Classificação: livre
Local:
Grande Auditório do MASP
Avenida Paulista, 1578, São Paulo-SP
Informações: (11) 3251-5644
Evento gratuito
Retirada da senha 1 hora antes do concerto
Capacidade: 374 lugares
Realização:
Fundação Japão em São Paulo
Associação Brasileira de Musica Clássica Japonesa
Apoio:
Consulado Geral do Japão em São Paulo
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP
Associação Cultural Cachuera!
Gráfica Paulo’s
Comentários
-
Gostaria, de agradecer à Fundacao Japao, pela oportunidade, de assistir, a esse grande espetaculo! Gostei muito! Parabéns!!! ao Trio Kagurazaka, e a todos os convidados!!!
Como irmão da Tamie Kitahara tenho acompanhado a trajetória da vida artística deste Trio desde início.
Sempre achei muito interessante o seu trabalho, 2 brasileiros(Shen e Gabriel) e 1 japonesa(minha irmã) fazendo concerto de músicas eruditas do Japão com arranjos geniais que sempre resultaram em explendida harmonia.
O público do Brasil adorou.