Agenda
Mostra presta homenagem aos 50 anos sem Yasujiro Ozu
Publicado por FJSP em Arte e Cultura 04/12/2013
Mostra de Cinema 50 ANOS SEM OZU
18 a 22 de dezembro de 2013
Auditório MIS
Av. Europa, 158 – Jd. Europa
São Paulo – SP
Capacidade: 172 lugares
Ingressos:
Gratuitos
(sujeitos à lotação da sala – retirada com uma hora de antecedência na Recepção MIS)
Classificação: livre
Realização:
MIS – Museu da Imagem e do Som
Fundação Japão em São Paulo
Alguns de seus maiores clássicos serão exibidos gratuitamente no auditório do MIS, em São Paulo
O dia 12 de dezembro é marcado pelo nascimento e também partida de um dos principais nomes do cinema japonês. Nascido em 1903, Yasujiro Ozu, um dos principais nomes do cinema japonês e também mundial, será homenageado na mostra 50 anos sem Ozu, que acontece no Auditório MIS, de 18 a 22 de dezembro, em parceria com a Fundação Japão.
Parte de sua vasta filmografia produzida entre as décadas de 30 e 60 compõe a programação, que é gratuita e aberta ao público.
A Mostra inclui algumas de suas principais obras, como Filho Único, de 1936, seu primeiro trabalho sonoro e o penúltimo produzido por Ozu antes de servir ao exército na Segunda Guerra Mundial. Narra a dura vida de uma mãe solteira na criação de seu único filho, em meio a uma economia de guerra e o fortalecimento do exército do imperador.
Também destaque na programação, Era uma vez em Tóquio (1953) revela a ida de um casal do interior à capital, para uma visita aos filhos.
E assim são os filmes de Yasujiro Ozu, variações sobre os cotidianos de diferentes protagonistas, que por meio de pequenos gestos e emoções contidas, levam o espectador a uma grande reflexão. Do sofrimento silencioso das relações entre pais e fihos, Ozu leva ao público a arte oriental fundada em conceitos tradicionais.
Interessados em conhecer, ou relembrar, o universo tão particular e grandioso de Yasujiro Ozu devem comparecer ao MIS para retirar os ingressos, gratuitamente, uma hora antes do início das sessões.
Um pouco mais de Ozu
Já no final dos anos 20, Yasujiro Ozu iniciou no cinema ainda mudo. Espada da penitência, de 1927, foi o primeiro de uma longa série interrompida durante a Segunda Guerra Mundial.
“Eu só vou dar uma olhadinha na guerra”, escreveu em um cartão a um amigo. Neste período, O irmão da família toda foi premiado como melhor filme na votação anual de Kinema Jumpo, consagrando-o.
Com o fim da guerra, Ozu não apenas retornou ao Japão, mas também viu confirmada a estabilidade de sua posição na indústria cinematográfica. Recebeu, daí por diante, uma série de prêmios, incluindo os do Ministério da Educação, do Imperador e, por três anos consecutivos, agraciado pela Sociedade Nacional dos Artistas. Em 1959, foi o primeiro diretor eleito para a Academia Nacional de Arte.
Seu último filme, A Rotina tem seu encanto, veio em 1962, um ano antes de sua morte.
Embora inicialmente sua obra tenha sido considerada ‘muito oriental’ para exportação, pouco a pouco o olhar da crítica e público se abriu, até ser finalmente consagrado mundialmente. Hoje, seu nome é frequentemente citado junto aos melhores diretores de todos os tempos.
Recentemente, esteve nos três principais festivais de cinema mundiais. O Festival de Berlim foi aberto com a versão restaurada de Era uma vez em Tóquio, enquanto que outros dois clássicos, O Gosto do Saquê e Flor de Equinócio, foram exibidos, respectivamente, nos festivais de Cannes e de Veneza.
PROGRAMA
18/12 (quarta-feira)
16h – Fim de Verão
18h30 – Filho Único
20h30 – Era uma vez em Tóquio
19/12 (quinta-feira)
16h – A Rotina tem seu Encanto
18h30 – Pai e Filha
20h30 – Fim de Verão
20/12 (sexta-feira)
16h – Filho Único
18h30 – Pai e Filha
20h30 – A Rotina tem seu Encanto
21/12 (sábado)
15h – Pai e Filha
17h – A Rotina tem seu Encanto
19h – Era uma vez em Tóquio
21h30 – Filho Único
22/12 (domingo)
15h – Era uma vez em Tóquio
17h30 – Filho Único
19h- Pai e Filha
21h – Fim de Verão
Sinopses
Filho Único (Hitori Musuko) – 1936, PB, 87 min, 16 mm
O primeiro trabalho sonoro e penúltimo produzido por Ozu antes de servir ao exército na Segunda Guerra Mundial, narra a dura vida de Otsune, uma mãe solteira, operária em uma fiação em Shinshu, que sofre para criar seu único filho em meio a uma economia de guerra e o fortalecimento do exército do imperador. Seu orgulho é contar às colegas de trabalho que o filho vive em Tóquio desde que partiu para cursar medicina. Até que um dia, na esperança de rever o filho já médico de sucesso, parte em busca do filho na capital. Mas as coisas não saem como esperava. O filho, casado, pai de família, vive humildemente, decepcionando a mãe.
Pai e Filha (Banshu) – 1949, PB, 108 min, 16 mm
Shukichi Somiya é um velho professor que perdeu a esposa ainda jovem e nunca mais pensou em se casar. Seu sonho é casar sua jovem filha, Noriko, mas esta, muito dedicada, prefere ficar ao lado do pai. A sugestão de Masa, irmã do professor, é que se case novamente para que a filha siga com sua vida. Somiya, então, passa a planejar o seu próprio casamento, deixando a filha livre para também se casar.
Fim de Verão (Kohayagawa-ke no Aki) – 1961, COR, 103 min, 16 mm
Tradicional da produção de sakê por gerações, a família Kohayagawa se vê obrigada a tomar novos rumos com a chegada das grandes indústrias com o fim da guerra. O patriarca Manbei se vê forçado a incorporar sua pequena firma a uma grande empresa. Paralelamente, diversas histórias são narradas, como a tentativa de casar a filha mais jovem de Manbei, e até mesmo uma amante e uma segunda família mantida pelo patriarca.
A Rotina tem seu Encanto (Sanma no Aji) – 1962, COR, 113 min, 16 mm
O viúvo Shuhei Hirayama leva uma vida tranquila ao lado do segundo filho Kazuo e da filha Michiko. Enquanto isso, o primogênito Koichi vive feliz com a esposa em um novo conjunto habitacional. Despreocupado com o casamento da filha, apesar de já ter completado 24 anos, Hirayama muda de planos ao encontrar com seu antigo professor Sakuma em uma festa. A filha deste, solteira, leva uma vida amarga e triste ao lado do pai. Assim, rapidamente mudam os objetivos da família, que agora tem como prioridade o casamento de Michiko.
Era uma vez em Tóquio (Tokyo Monogatari) – 1953, PB, 135 minutos, 16mm
O casal de idosos Shukichi e Tomi Hirayama decide partir da pequena cidade de Onomichi, no interior, rumo à capital. O objetivo é fazer uma visita aos filhos, após duas décadas sem vê-los. A primeira parada é na casa do primogênito, o médico Koichi, que vive ocupado com sua clínica no subúrbio de Tóquio. Desprezados, e sentindo as dificuldades financeiras do filho, mudam-se para a casa da filha mais velha, Shige, que, também atarefada, dirige um salão de beleza. A genuína hospitalidade só é encontrada pelo casal na casa de Noriko, a viúva do filho mais novo, Shoji. Já de volta para casa, ao lado da filha mais nova, Kyoko, Tomi adoece, trazendo todos os filhos ao interior. E finalmente neste momento começam a ser revelados os verdadeiros sentimentos entre a família.
Serviço
Mostra de Cinema 50 ANOS SEM OZU
18 a 22 de dezembro de 2013
Auditório MIS
Av. Europa, 158 – Jd. Europa
São Paulo – SP
Capacidade: 172 lugares
Ingressos:
Gratuitos
(sujeitos à lotação da sala – retirada com uma hora de antecedência na Recepção MIS)
Classificação: livre
Realização:
MIS – Museu da Imagem e do Som
Fundação Japão em São Paulo
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