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NIKKURA – Uma Viagem ao Japão Erudito

Publicado por FJSP em Arte e Cultura 17/10/2014

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Em uma rara oportunidade, músicas eruditas japonesas dos séculos XIII a XX serão apresentadas ao som de instrumentos como taiko, shakuhachi, koto e shamisen

Em 1º de novembro, às 11h, acontece em São Paulo o show “NIKKURA – Uma viagem ao Japão Erudito”, no Teatro União Cultural. O espetáculo tem a proposta de apresentar uma verdadeira viagem através dos diversos gêneros clássicos japoneses presentes do século XIII ao século XX.

Nikkura, uma abreviação de Nihon Kurashikku (clássico japonês), conduzirá o público desde o Japão dos feudos até a abertura dos portos para o mundo, passando pelo desenvolvimento mercantil, percorrendo gêneros como Honkyoku, Sokyoku, Jiuta, Hauta, Nagauta, Okinawa Koten, Doyo e Minyo, além da música contemporânea japonesa e também a clássica de Okinawa. A narrativa das características musicais e históricas será acompanhada de instrumentos clássicos japoneses, como o taiko, shinobue, nohkan, shakuhachi, koto, shamisen e sanshin.

No repertório, destaque para Rokudan, de 1685; Nubui Kuduti, de 1764, obra clássica de Okinawa; e Kurokami, de 1800; além de Akatombo, de 1927, mais contemporânea e bastante popular.

 

Mais sobre Waon

Waon é um grupo natural da cidade de São Paulo, composto por músicos de formação erudita japonesa ou ocidental, com a proposta de apresentar a música erudita japonesa e também a música brasileira, ao som de instrumentos clássicos japoneses.

Para este espetáculo, o grupo traz em sua formação Tamie Kitahara, no Koto e Shamisen; Hiroshi Fuchigami, no Shakuhachi; Roberto Kamakura, no teclado; Mitsue Iwamoto, no Taiko, Koto e canto; e Setsuo Kinoshita, no Shinobue, Nohkan e Taiko. Também haverá a participação especial dos convidados Satoru Saito (Okinawa Buyo), Takao Yoshimura (Sanshin), Grupo Wanokai (Nagauta) e Setsuo Kinoshita Taiko Group (Taiko).

 

 

Perfil dos músicos

 

Tamie Kitahara (Koto, Shamisen)

Chegou ao Brasil na década de 50 e destaca-se como uma das principais representantes da música tradicional japonesa no país. Iniciou os estudos do instrumento Koto ainda na infância. No Brasil, além do Koto, estudou o canto de folclore japonês e o instrumento Shamisen. Em 1996, recebeu o título de mestra, diretamente da Escola Ikuta Seiha do Japão (Escola de Música Tradicional Japonesa), passando a adotar o nome artístico “Utahito”. Desde então, tem-se dedicado à intensa atividade de difusão da cultura nipônica através de aulas e concertos pelo Brasil e exterior.

 

 

Hiroshi Fuchigami (Shakuhachi)

Mestre em Música pela Unicamp, em 2014. Bacharel em Flauta Transversal pela UNICAMP, em 2011. De outubro de 2013 a abril de 2014, estudou em Tóquio, contemplado pela bolsa BEPE, da FAPESP. Foi, então, aluno dos professores Kuniyoshi Sugawara e Kaoru Kakizaki no Kokusai Shakuhachi Kenshukan (Centro de Treinamento Internacional de Shakuhachi). Como pesquisador, tem publicado artigos acerca do Shakuhachi em periódicos acadêmicos e em congressos no Brasil e na América Latina.

 

 

Mitsue Iwamoto (Taiko e Canto)

Nasceu na província de Nara, no Japão. Socióloga da Universidade Toyo, em Tóquio, estudou Taiko com o grupo profissional japonês Wadaiko Yamato, na província de Nara, de 1997 a 1998. É discípula de Taiko de Tayaichiro Mochizuki, em Osaka; e de Shamisen de Kazuko Sugiura, em Tóquio; do gênero musical Nagauta. Estuda também Koto e Minyo com Tamie Kitahara, em São Paulo.

 

 

Setsuo Kinoshita (Flautas e Taiko)

Bacharel em Musicoterapia pela Faculdade Paulista de Artes, é discípulo de Taiko de Tayaichiro Mochizuki, em Osaka, desde 2006; e de Flautas de Shota Mochizuki, em Nara, desde 2000; do gênero musical Nagauta. Produtor e músico do grupo de Taiko Wadaiko Sho, foi um dos 10 finalistas em solo no 9^th Tokyo International Taiko Contest, em 2010.

 

 

Roberto Kamakura (Teclado)

Formado em piano clássico pelo Conservatório Musical Villa Lobos, de Adamantina, em 1975.

 

 

Setsuo Kinoshita Taiko Group (Taiko)

Foi constituído em 1999 e tem como proposta o desenvolvimento físico e mental através da prática do Taiko. A cultura japonesa também está presente no processo de desenvolvimento de consciência de grupo, ideal para coordenar o trabalho musical. O grupo é coordenado por Setsuo Kinoshita, musicoterapeuta graduado pela Faculdade Paulista de Artes; e por Mitsue Iwamoto, socióloga formada pela Univerdade Toyo, em Tóquio. Os trabalhos têm um enfoque terapêutico e social, sob os quais o praticante de Taiko se desenvolve física e mentalmente, além de aperfeiçoar a educação com base na cultura japonesa.

 

Wanokai (Nagauta – Shamisen e Canto)

É um grupo de Shamisen do gênero Nagauta, formado em 1997 pela professora Kazuko Sugiura, mestra do estilo Toonkai.

 

Satoru Saito (Okinawa Buyo – dança de Okinawa)

Professor de Ryukyu Buyo diplomado pela academia Tamagusuryu Senjukai, da província de Okinawa, iniciou-se no caminho da dança de Okinawa aos 4 anos de idade. Desde então, tem se aperfeiçoado como artista e professor, conquistando vários diplomas do Japão ao longo de sua carreira. No Brasil, mantém o ensino de Ryukyu Buyo (dança de Okinawa) em sua escola, Saito Satoru Ryubu Dojo, que tem como filosofia a preservação da tradicional dança okinawana em nosso país, e também apresentar aos brasileiros – descendentes ou não de Okinawa – as coreografias tradicionais e modernas do Ryukyu Buyo através de sua força criativa e dinâmica.

 

Takao Yoshimura (Sanshin)

Mestre de Kucho desde 2013 pela filial brasileira do Nomura Ryu Koten Ongaku Hozonkai. Graduado em nível avançado em Sanshin pela Associação Okinawa Kenjin do Brasil em 2004.