Agenda
Prof. Dr. Ryuta Imafuku em São Paulo
Publicado por mimi em Arte e Cultura Biblioteca Estudos Japoneses e Intercâmbio Intelectual 27/02/2020
Palestras
Data: 4 de março de 2020 (quarta-feira)
Horário: 19h
Local: Pontifícia Universidade Católica – Campus Perdizes
Sala 333 – Prédio novo
Rua Monte Alegre, 984 – Perdizes
Capacidade: 200 lugares
Entrada livre e gratuita
Título português: A escrita como mimese: o vento, o falcão e o urso na literatura-caligrafia de Kenji Miyazawa e Yuichi Inoue
Título japonês: 「書くことのミメーシス──宮沢賢治と井上有一における風、鷹、熊」
Hoje, parece que nos esquecemos que o mimetismo é um aspecto profundo e ricamente significativo do comportamento humano. Nesse contexto, nos deparar com as obras caligráficas de Yuichi Inoue (1916-1985) é como uma lufada de ar fresco, juntamente com o manuscrito de Kenji Miyazawa (1896-1933), do qual ele obteve inspiração decisiva. A devoção de Inoue à autêntica mimese física é avassaladora. Referindo-nos à teoria da faculdade mimética de Walter Benjamin, examinaremos a relação de simpatia, correspondência e unidade entre humanos e animais na literatura e na caligrafia, com o intuito de recuperar nosso relacionamento físico e tátil com o próprio ato de “escrever”.
Data: 5 de março de 2020 (quinta-feira)
Horário: 9h às 11h30
Local: Casa de Cultura Japonesa – USP
Auditório Kensuke Tamai
Avenida Prof. Lineu Prestes, 159 – Cidade Universitária
Capacidade: 130 lugares
Inscrições até 2 de março com srta. Yuna, no e-mail: cejap@usp.br
Título português: Somos os náufragos: do pensamento genealógico à imaginação arquipelágica em nosso “eco-mundo” trêmulo.
Título japonês: 「私たちは難破者である──震える反響-世界、系譜的思考から群島的想像力へ」
Se vermos o mundo inteiro não como um aglomerado de continentes, mas como uma cadeia contingente de ilhas, os seres humanos finalmente passam a deter o mesmo pertencimento arquipelágico, independentemente de onde tenham nascido. A afiliação inata à própria terra natal foi substituída em algum momento por um senso de afiliação cultural mais abrangente e mais conectado à todo o arquipélago, seja no Leste Asiático, no Pacífico ou no Caribe. Então, seus lares se estendem por todo o arquipélago e eles se identificam como um novo naufrágio. Já nascemos como descendentes de nômades transoceânicos, que depois se dispersaram num processo de falta de raízes e diáspora; seu regresso ao lar apenas ocorre como uma experiência contínua e eterna do naufrágio em si.
Data: 5 de março de 2020 (quinta-feira)
Horário: 19h às 20h30
Local: Instituto Moreira Salles – IMS Paulista
Sala de aula – 2º andar
Avenida Paulista, 2424 – Consolação
Capacidade: 35 lugares
Entrada gratuita. Evento sujeito à lotação do espaço.
Distribuição de senhas 60 minutos antes do evento. Limite de 1 senha por pessoa.
Título português: Ruínas do tempo, arquipélagos do tempo: Nagasaki, Okinawa, Ásia e EUA na fotografia do pós-guerra japonês de Shomei Tomatsu
Título japonês: 「時の瓦礫、時の群島:東松照明の戦後写真における長崎、沖縄、アジア、そしてアメリカ」
Shomei Tomatsu (1930-2012) é um dos fotógrafos mais importantes do Japão moderno, que iniciou sua carreira logo após o final da Segunda Guerra Mundial. No meio dos destroços de bombardeios, Tomatsu refletiu, por meio de seus trabalhos ambíguos, o significado da ocupação física/simbólica americana no país, que cobre as bases militares e o território marginal de Nagasaki e Okinawa, e finalmente tentou transcender a fronteira nacional para unificar sua visão de mundo com os arquipélagos do Sudeste Asiático. Pode a “imagem-linguagem” abolir nossa obsessão pela territorialização nacionalista?
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